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Grupo liderado por pesquisador baiano cria tratamento inovador contra ansiedade

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Da redação

Descoberta ainda está em fase de testes

Grupo liderado por pesquisador baiano cria tratamento inovador contra ansiedade
Divulgação

Com objetivo de avançar no tratamento contra a ansiedade, o Grupo de Materiais Fotônicos (GMF), sob a liderança do baiano Jorge Fernando Silva, identificaram novos compostos químicos com potencial para reduzir os efeitos colaterais dos medicamentos atuais.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 9,3% dos brasileiros convivem com doença, o que coloca o Brasil no topo do ranking global.

Segundo Jorge, professor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), eles iniciaram o estudo focado na criação de novos compostos químicos à base de európio e térbio.

Em seguida, foi realizada a análise da estrutura e das propriedades desses materiais utilizando técnicas como espectroscopia de infravermelho e fotoluminescência.

“A eficácia farmacológica foi avaliada em duas etapas: um estudo in silico, que usou simulação computacional para prever os resultados, e um estudo in vivo, realizado com o peixe-zebra (Danio rerio), uma espécie amplamente utilizada em testes biomédicos”, afirmou Jorge Fernando.

O líder do GMF explica que os novos materiais apresentam uma alternativa viável, tanto do ponto de vista químico quanto econômico, para o desenvolvimento de medicamentos, abrindo novas possibilidades para o tratamento de transtornos.

“Embora os ansiolíticos possuam efeitos medicinais úteis, podem causar reações indesejáveis como a dependência química. A pesquisa visa um novo caminho no tratamento de doenças relacionadas à ansiedade e, pela característica intrínseca dos materiais produzidos, diversas possibilidades no estudo e compreensão da atividade ansiolítica que possam minimizar tal efeito”.

A descoberta ainda está em fase de testes e necessita de validações adicionais antes de uma possível aplicação clínica.

“Os próximos passos são a otimização dos processos de síntese, a busca por parcerias com a indústria farmacêutica para dar continuidade ao desenvolvimento desses novos fármacos e a atração de investidores”, projeta Jorge.

A ansiedade, resposta natural a situações de estresse, pode se tornar um transtorno ao interferir na rotina.

Além do professor Jorge Fernando Silva, a equipe de trabalho é composta por Hélcio Silva, da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), Aluísio Marques, da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), Emmanuel Silva, Maria Kueirislene, Amâncio Ferreira e Jane Eire Silva, da Universidade Estadual do Ceará (UECE), e o mestrando Andrei Marcelino Sá, da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc).

 

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