Mesmo diagnosticada com câncer de intestino, Evelyn Sena enfrentou dificuldades para realizar um PET scan por meio do seu plano de saúde, o Hapvida. De acordo com a paciente, mesmo com a recomendação médica, a operadora negou duas vezes o procedimento e só autorizou depois de o caso ser mostrado nas redes sociais.
Solicitado pela médica de Evelyn, o exame de imagem permite ver o funcionamento do corpo e é usado para detectar tumores, avaliar a resposta ao tratamento e monitorar a recorrência do câncer. Foi por meio das redes sociais, já desesperada, que a paciente mostrou o caso.
Em entrevista ao Portal do Casé, na tarde da última terça-feira (18), Evelyn contou as dificuldades que enfrentou com o tratamento e explicou a decisão de expor o caso nas redes sociais.
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“Esse mês eu passei por mais de cinco ressonâncias de cada parte do corpo. Um advogado me procurou e cobrou quatro mil pra ajuizar uma petição, sendo que o exame é cerca de R$ 5 mil. Não tenho condições. Então, resolvi postar e as pessoas começaram a repostar pra me ajudar”, disse.
Evelyn também relatou que sua médica chegou a orientar sobre outras alternativas, como a tentativa de incluir seu caso no Centro Estadual de Oncologia (Cican), do Sistema Único de Saúde, o SUS. “Lá, a demora também vai ser grande. Mas pelo Hapvida foram duas negativas, uma no ano passado e uma esse ano”.
Após a entrevista, na tarde de terça, o Hapvida contatou Evelyn. “A atendente me disse naquele momento que havia sido liberado. Pela manhã, não tinha nenhuma informação. Ninguém tinha feito nada. Quando ela ligou, fiquei feliz”, comentou.
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Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), planos de saúde devem cobrir exames recomendados por médicos, conforme o rol de procedimentos contratual.
Em nota ao Portal do Casé, o Hapvida confirmou que o exame de Evelyn foi liberado.
“A empresa informa que, desde a manhã do dia 18/03, após uma nova avaliação clínica, o exame mencionado foi liberado. A operadora entrou em contato com a paciente e informou sobre a autorização. A companhia reitera que cumpre todos os protocolos, diretrizes e prazos estabelecidos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão regulador do setor. Todas as solicitações de autorização passam por avaliações técnicas rigorosas, em total consonância com as normas e diretrizes da ANS.”