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Advogados suspeitos de falsificar documentos são alvos de operação em Salvador

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Da redação

O MP informou que o grupo faz um esquema conhecido como advocacia predatória

Advogados suspeitos de falsificar documentos são alvos de operação em Salvador
Divulgação/MP

Dois escritórios e advogados foram alvos de uma operação do Ministério Público da Bahia, na manhã desta quarta-feira (24). Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em Salvador, expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada da capital, contra quatro advogados e seus escritórios. Os nomes não foram revelados. 

O MP informou que o grupo faz um esquema conhecido como advocacia predatória, que consiste no ajuizamento em massa de ações com pedidos semelhantes em face de uma pessoa ou de um grupo específico. Também foi determinada a suspensão do exercício da atividade de advocacia dos investigados e a indisponibilidade de ativos na ordem de R$ 309.151,00. A operação apreendeu 10 mil dólares em espécie, documentos e celulares.

Intitulada "Data Venia", a operação, deflagrada pelo Grupo de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), resulta de procedimento investigatório criminal que apura a prática dos crimes de uso e falsificação de documento particular e apropriação indébita, previstos nos artigos 298, 304 e 168 do Código Penal Brasileiro.

Foto: divulgação/MP-BA

Oito promotores de Justiça participaram da operação, com o apoio da Polícia Civil, por meio da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core) e de seis integrantes da Ordem dos Advogados. Os mandados foram cumpridos nos bairros do Horto Florestal, Caminho das Árvores, Graça e Comércio, em endereços residenciais e comerciais.

De acordo com levantamento realizado pelo Centro de Inteligência da Justiça Estadual da Bahia (CIJEBA) do Tribunal de Justiça, foram ajuizadas milhares de ações judiciais, sobretudo perante as Varas do Juizado Especial de Defesa do Consumidor, em face de uma mesma instituição bancária, com uso de documentos adulterados.

A apuração do MP apontou que apenas um dos escritórios ajuizou, ao menos, 2.653 ações contra um único banco, entre os anos de 2020 e 2022, utilizando-se de falsificação e uso de documentos falsos. Durante as investigações, apurou-se que diversas ações judiciais foram propostas sem o completo conhecimento das partes, ou em favor de parte autora já falecida, como se ainda estivesse viva.

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