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Ameaça, facção irritada e mais: o que está por trás do atentado contra diretor do presídio de Eunápolis

Data:
Jean Mendes

O carro usado por Jorge Magno Alves Pinto foi alvo de tiros de fuzil

Ameaça, facção irritada e mais: o que está por trás do atentado contra diretor do presídio de Eunápolis
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Interceptações telefônicas, irritação de uma facção criminosa e decisão judicial. Esses são elementos que, segundo fontes do Portal do Casé, estão por trás de um atentado, a tiros de fuzil, contra o diretor do Conjunto Penal de Eunápolis, Jorge Magno Alves Pinto. O caso aconteceu no final da tarde de terça-feira (20), quando o veículo usado por ele foi atacado por cinco homens armados. O diretor não estava no carro e o motorista ficou gravemente ferido.

Por meio de interceptações telefônicas, a Polícia Civil, de acordo com fontes da Secretaria da Administração Penitenciária ouvidas pela reportagem, sabia que Magno estava recebendo ameaças, desde janeiro. Os responsáveis seriam traficantes da facção Primeiro Comando de Eunápolis, grupo ligado ao Comando Vermelho e chefiado por Ednaldo Pereira Souza, o Dadá. A polícia baiana acredita que ele esteja no Rio de Janeiro e, de lá, tenha ordenado o atentado.

Segundo fontes da SEAP, o diretor do presídio estaria causando descontentamento no PCE, ao cumprir à risca uma determinação da Vara de Execuções Penais sobre remanejamento de presos dentro do Complexo Penitenciário. Essa informação não é confirmada oficialmente. Em dezembro de 2024, Dadá e outros 15 comparsas fugiram do complexo penal. No final de janeiro, a então diretora da unidade, Joneuma Neres, foi presa por ter facilitado a ação.

Jorge Magno assumiu a direção do Complexo Penal de Eunápolis para, na prática, "colocar ordem na casa", exatamente por conta da prisão de Joneuma.

RESPOSTA

A SEAP e Secretaria de Segurança Pública da Bahia deflagraram, nesta quarta-feira, uma operação com o objetivo de capturar os autores do ataque. A SSP garante oficialmente que os criminosos foram identificados. Fontes do Portal do Casé apontam que os cinco atiradores seriam do Rio de Janeiro.

O principal suspeito de atirar contra o motorista, que não teve o nome revelado, foi capturado na manhã desta quarta-feira (21), quando tentava fugir do cerco policial montado pelas Forças Estaduais e Federais da Segurança Pública. O criminoso, que possui passagens por homicídio, ocultação de cadáver e roubo, foi flagrado na cidade de Itapebi, com uma pistola, carregador e munições. Ele e uma mulher acabaram presos.

Após uma reunião entre a cúpula e demais gestores da Polícia Civil, da Polícia Militar e Polícia Penal, foram planejadas incursões em diversos pontos de Eunápolis e regiões circunvizinhas, com o apoio de equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da FICCO Bahia.

Participaram da reunião estratégica, o delegado-geral da Polícia Civil, André Viana; o tenente coronel Elbert Vinhático, do Comando de Operações da PM; o delegado-geral adjunto de Operações, Jorge Figueiredo; o diretor de Inteligência Policial (DIP), Alexandre Narita; o diretor regional de Polícia do Interior (Dirpin-Sudoeste/Sul), Roberto Júnior; e o coordenador regional da 23ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (23ª Coorpin / Eunápolis), Moabe Macedo. 

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