Considerado um dos homens mais perigosos da Bahia, o ex-policial militar Paulo César Alves Filgueiras, conhecido como Paulo Escopeta, morreu após troca de tiros com a Polícia Civil em Jacobina, Norte da Bahia, na noite de segunda-feira (17). O homem estava com mandado de prisão em aberto pela morte de um empresário em Morro do Chapéu, no mês de janeiro.
Agentes da 14ª Coordenadoria de Polícia Civil do Interior (Coorpin/Irecê) disseram que Paulo estava em um carro, interceptado pelas guarnições. Ele atirou contra os policiais e, no confronto, acabou ferido. Com o criminoso, foi apreendido um revólver. Na casa do alvo, segundo os policiais, foram achados ainda uma arma, munições e maconha.
A ação foi realizada por equipes da 14ª Coorpin e da Coordenação de Apoio Técnico e Tático à Investigação (CATTI/Chapada).
HISTÓRICO
Paulo Escopeta, que estava preso até outubro do ano passado, era considerado um dos maiores assaltantes de banco do país. A inteligência da Secretaria da Segurança Pública acredita que ele já participou de mais de 10 ações do chamado "novo cangaço".
Levantamento da SSP sustenta que Paulo César, que já foi integrante do “Baralho do Crime”, participava da quadrilha de José Francisco Lumes, o "Zé de Lessa", morto em 2019. Também assaltante de banco, foi um dos fundadores da facção criminosa Bonde do Maluco (BDM).
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Um dos assaltos atribuídos a Paulo Escopeta está o registrado na cidade paraguaia de Ciudad del Este, em 2017. Na ação, foram levados R$ 120 milhões da empresa de valores Prosegur. O brasileiro foi preso no mesmo ano, ainda no Paraguai.
CRIME EM MORRO DO CHAPÉU
No dia 21 de janeiro, o empresário de Irecê, Francisco Alves de Abreu, foi encontrado morto dentro do próprio carro na zona rural de Morro do Chapéu. A Polícia Civil descobriu que o empresário vinha sendo extorquido por Paulo Escopeta e teria sido atraído até a região para ser morto.