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Capitão da PM baiana é preso novamente por envolvimento com facção criminosa

Data:
Jean Mendes

Mauro das Neves Grunfeld já é alvo de outro processo, que apura venda ilegal de armas para facções

Capitão da PM baiana é preso novamente por envolvimento com facção criminosa
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Um capitão da Polícia Militar e outras 34 pessoas foram presos, na manhã desta quinta-feira (11), por suspeita de integrarem uma facção criminosa responsável pelo tráfico de drogas, crimes violentos letais intencionais e patrimoniais, além da lavagem de dinheiro e a disputa de territórios. Mauro das Neves Grunfeld e os demais são alvos de mandados de prisão.

A operação, batizada de "Zimmer", é do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), com o apoio das Polícias Militar e Federal. As ações estão sendo realizadas, além da Bahia, em Sergipe, Espírito Santo, São Paulo, Santa Catarina e Pernambuco.

De acordo com a Polícia Civil, uma complexa associação criminosa foi identificada no curso das apurações. Ela é responsável pelo abastecimento, produção e preparação de entorpecentes, como também a utilização de pessoas físicas e jurídicas para dissimular a origem ilícita dos valores movimentados. Foi solicitado ao Poder Judiciário o bloqueio de R$ 100 milhões, além do sequestro de bens dos investigados.  

O oficial da PM teria relação com a compra de armas e lavagem de dinheiro. 

OUTRO PROCESSO

Mauro é investigado desde maio de 2024 no âmbito da "Operação Fogo Amigo", por integrar organização especializada em vender armas e munições ilegais para facções criminosas da Bahia, Pernambuco e Alagoas. Em julho daquele ano, ele foi liberado da prisão, mas acabou custodiado novamente dias depois, após decisão judicial.

O capitão estava respondendo ao processo em liberdade desde maio deste ano, após decisão do ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça. Dentre as motivações para derrubar a prisão preventiva, o ministro entendeu que o crime cometido "não envolveu o uso de violência ou grave ameaça".

Os investigados respondem por organização criminosa, comercialização ilegal de armas e munições, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, com penas somadas que podem chegar a 35 anos de reclusão.

Dos presos, 11 são militares: Gisnaac Santos de Oliveira, que já é aposentado; o próprio Mauro das Neves Grunfeld; além dos soldados Bruno da Silva Lemos; Gleydson Calado do Nascimento; Isaac Junior Santos de Oliveira; e Almir Sales dos Santos Júnior. O ex-policial militar Jair Faria da Hora também foi preso.

Completam a lista dos investigados: Igor Endel Moreira da Silva, Jhonnatan Wallas Reis Alves, Werisson Damasceno Conceição, Queila Cristina Cardoso de Oliveira, Robson de Jesus Santos, Felipe Gomes Tavares, Andrei Dias de Oliveira, Josenildo de Sousa Silva, Diego do Carmo dos Santos, Fábio Nascimento Figueiredo, Marcos Vinicius Santos Barbosa, Eliomar de Oliveira da Cruz e Eraldo Luiz Rodrigues.

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