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Caso Carlos Rainer: jovem sequestrado na Gamboa não era do BDM, diz vizinha; especialista analisa armas

Data:
Jean Mendes

Moradora do bairro da Liberdade e sob a promessa de não ser identificada, a mulher disse que as armas postadas no Instagram de Carlos, que vazaram depois do sequestro, eram de brinquedo.

Caso Carlos Rainer: jovem sequestrado na Gamboa não era do BDM, diz vizinha; especialista analisa armas
Arquivo pessoal

A Polícia Civil trabalha para tentar solucionar o caso de Carlos Rainer dos Santos Vieira, de 20 anos. Ele foi sequestrado após passar um dia no bairro da Gamboa, em Salvador, na terça-feira (26). Nesta sexta-feira (29), uma vizinha, que o conhece desde a infância, garantiu que o rapaz não tem ligação com o crime. 

Moradora do bairro da Liberdade e sob a promessa de não ser identificada pela reportagem do Portal do Casé, a mulher disse que as armas postadas no Instagram de Carlos, que vazaram depois do sequestro, eram de brinquedo, as chamadas simulacro. Ainda neste texto, você vai ler uma opinião de especialista sobre o assunto.

Armas ostentadas por Carlos no Instagram.

De acordo com a vizinha, Carlos queria apenas "se mostrar" para outras pessoas e não é integrante da facção Bonde do Maluco - rival do Comando Vermelho, cujo o símbolo era feito por Carlos Rainer em sua rede social -. Depois do desaparecimento, uma conversa entre o jovem e outro rapaz, por meio do direct do Instagram, também vazou.

"Fico com vontade de ir aí [na Gamboa], mas vejo 'bicho' dos 'alemão' aí", escreveu um amigo, ao comentar um vídeo postado por Carlos na Gamboa. "Aparentemente 'tega', pai", respondeu, ao dizer que estava tudo tranquilo. A vizinha também sustenta que o homem do outro lado também não é ligado ao BDM. Horas depois, Carlos foi sequestrado, dentro de um restaurante, por traficantes do Comando Vermelho e não foi mais visto.

Conversa entre Carlos e um amigo

A situação ainda continua sem desfecho, ainda nesta sexta. A informação foi confirmada ao Portal do Casé pelo comandante do 18º Batalhão da Polícia Militar (BPM/Centro Histórico), tenente coronel Agnaldo Ceita. Apesar de uma imagem compartilhada pelo WhatsApp apontar que Carlos já foi morto por integrantes da facção CV - que domina o tráfico no bairro -, a Secretaria da Segurança Pública trata a situação como sequestro.

"A investigação do caso está com a Polícia Civil, por meio do Departamento Especializado de Investigações Criminais (DEIC). À PM, coube a primeira operação quando tínhamos a informação de sequestro. Inclusive, os policiais civis estão diligenciando na tentativa do resgate ou, se ter acontecido a morte, localizar o corpo", frisou o comandante do 18º BPM.

ARMAS DE BRINQUEDO?

A reportagem do Portal do Casé também ouviu um especialista para saber se as armas mostradas por Carlos Rainer no seu Instagram eram ou não simulacro. Oficial aposentado da Polícia Militar, a fonte pediu descrição quanto a seu nome. Ele foi enfático ao analisar a forma com a qual o jovem segurava os armamentos.

"Pela posição que as armas estão, não nos permite informar se são simulacros ou letais. Mas, o que eu digo é que o manejo, a forma de empunhar, tudo isso caracteriza alguém que está acostumado a ter envolvimento com arma. Por outro lado, se a arma estivesse fotografava de frente para o cano, poderíamos identificar".
 

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