Mais um homem envolvido no caso que ficou conhecido como "Chacina de Portão" foi condenado à prisão pelo Tribunal do Júri da comarca de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador. Eduardo Santos da Silva foi sentenciado a 79 anos de prisão por conta de homicídios praticados por motivo torpe e surpresa. Mesmo assim, ele não está atrás das grades porque é considerado foragido.
O réu foi condenado na quinta-feira (11), pelo assassinato de cinco pessoas a 65 anos de reclusão. Ele já havia sido condenado por mais um homicídio, praticado no mesmo ato, a 14 anos de prisão. Segundo o promotor de Justiça Márcio Bellazzi de Oliveira, todos os seis homicídios foram cometidos pela facção Bonde do Maluco, da qual Eduardo da Silva fazia parte no dia 18 de maio de 2019.
Morreram na ação: Raimunda dos Santos, Raiane Santos, Pablo dos Santos, Guilherme da Silva, Rogério da Silva e Arthur Moreira. Raiane tinha 12 anos na oportunidade. As investigações apontaram que nenhuma das vítimas possuía qualquer envolvimento com atividades criminosas.
O promotor de Justiça explicou que, naquele dia, Eduardo e seus comparsas "desencadearam uma verdadeira onda de terror na comunidade de Portão”. Atendendo ao comando do líder do grupo, que estava preso, Eduardo e mais quatro homens (dois adolescentes) alvejaram vítimas inocentes pelas ruas da comunidade para afirmar o “poderio” da facção na localidade que seria dominada por outro grupo.
Um dos homens envolvidos na chacina, Paulo Robson Carvalho Santos morreu em 2020. Outros dois, Cláudio de Jesus Soares (que ordenou a ação) e Mateus Santos de Jesus, foram condenados e estão presos.