O delegado Antônio Carlos Magalhães Santos, então titular da 28ª Delegacia Territorial (DT/Nordeste de Amaralina), foi exonerado do cargo após denúncias de assédio sexual. Quatro investigadoras da unidade oficializaram queixas na Corregedoria da Polícia Civil, confirmou nesta terça-feira (1) o Sindicato dos Policiais Civis (SINDPOC).
"Em uma visita de rotina, o Sindicato teve conhecimento da situação e logo as servidoras realizaram a queixa formal. Essas colegas ingressaram recentemente [nos quadros da corporação] e foram recebidas pelo gestor com práticas de cortejo, de chamar para sair e passar a mão no cabelo. Elas refutaram as investidas e ele insistiu, não apenas com uma, mas com as quatro [policiais]", contou, ao Portal do Casé, o presidente do SINDPOC, Eustácio Lopes.
Ainda segundo Eustácio, essas servidoras, que preferiram não ter as identidades divulgadas, foram aprovadas no concurso da Polícia Civil de 2022 e realizaram a formatura recentemente, iniciando os trabalhos na DT do Nordeste de Amaralina, em Salvador, no mês de setembro.
O Sindicato afirmou que todas as vítimas foram ouvidas e estão sendo acompanhadas. Elas foram afastadas por um período de 10 dias.
Apesar de ter sido exonerado da titularidade da 28ª DT, ACM Santos segue na corporação. Ele também teve licença prêmio de três meses concedida - um benefício que concede ao servidor público o direito a afastamento remunerado a cada cinco anos de trabalho ininterrupto -.
Conhecido por ser um policial atuante e aberto à entrevistas, Antônio Carlos Santos já comandou delegacias importantes da capital, como de Periperi, da Boca do Rio e Itapuã.
Sob supervisão de Jean Mendes*
