*Com informações da repórter do Portal do Casé, Driele Veiga.
A diretora-geral do Departamento de Polícia Técnica, Ana Cecília Cardoso Bandeira, comentou nesta segunda-feira (4) sobre a demora nas investigações relacionadas à morte do influenciador digital Rodrigo de Souza Silva, conhecido como Rodrigo Amendoim. O laudo da perícia realizada dentro do apartamento do jovem ainda não foi concluído, segundo apuração do Portal do Casé.
A reportagem já havia antecipado que a necropsia, por outro lado, já está pronta e foi encaminhada no início de novembro para a Polícia Civil. Rodrigo Amendoim foi encontrado morto no dia 28 de outubro, em Lauro de Freitas.
"Nossas equipes estão trabalhando. Não tenho essa informação se o laudo foi concluído. Nossas equipes trabalham com cuidado porque essa resposta do laudo vai subsidiar a decisão de um juiz. Mesmo que não tenha sido concluído e emitido, tenho certeza que é por esse cuidado, para que tudo que ali esteja registrado contribua para a investigação", disse a diretora durante entrevista ao Portal do Casé.
Geralmente, esses laudos são concluídos no período de 30 dias. "Deixamos o trabalho com o perito. Quando não produz o laudo dentro do prazo estabelecido, solicita uma ampliação porque, no local do crime, são coletados diversos vestígios. Então, o perito criminal do local só emite seu laudo quando consegue trabalhar os laudos complementares para fechar a conclusão. Às vezes, a demora é decorrente desse fato", concluiu.
MORTE
Rodrigo foi encontrado já sem vida, ao lado de uma pistola, dentro do próprio apartamento. A arma pertence a um policial militar, amigo do influenciador. A pedido do Portal do Casé, dois peritos analisaram a cena, por meio de uma fotografia que vazou nas redes sociais.
Sergio Hernandez é Bacharel em Ciências Criminalísticas pela Utem Chile, Perito Judicial Credenciado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, Assistente Técnico e Professor de Pós-graduação. Ele foi enfático ao afirmar que, por todos os elementos apresentados na fotografia, a cena é típica de suicídio.
"Não existe gotejamento sanguíneo no lençol, pernas e shorts. Indica que, no momento do disparo, ele caiu para trás, em decúbito dorsal. Isso indica que ele não foi mexido. Ou seja, não foi morto em outro local e simulado o suicídio", analisa o especialista.
O que chamou a atenção na cena foi a arma encontrada dentro do apartamento de Rodrigo, que estava ao seu lado, sobre seu antebraço. "Sobre a arma nessa posição: nem todo disparo produz morte instantânea. Pode ter acontecido uma agonia antes da morte. Ele pode ter agonizado. Nesse tipo de caso, a arma não fica perto da mão. Nesse caso, me pareceria estranho se a arma estivesse na mão dele", acrescentou Hernandez.