Treze dos 23 presos na segunda fase da 'Operação Falsas Promessas' foram identificados, após apuração exclusiva do Portal do Casé. A ação, que mira vendas de rifas ilegais, foi deflagrada nesta quarta-feira (9) pelas Polícias Militar e Civil. O subsecretário da Segurança Pública, Marcel Oliveira, garantiu que mais mandados de prisão devem ser cumpridos no decorrer das próximas horas.
Dos nomes já levantados, seis são rifeiros com bastante influência nas redes sociais. São eles: Ramhon Dias de Jesus Vaz; José Roberto Santos, o "Nanan Premiações"; Gabriela Silva, esposa de "Nanan"; Josemário Aparecido Santos Lins; Franklin Reis, o "Neca"; e David Mascarenhas Alves. Junto, o grupo tem milhões de seguidores nas redes sociais. "Neca", inclusive, tem amizade com grandes figuras públicas da Bahia.
A 'Operação Falsas Promessas' prendeu ainda cinco policiais militares. São eles: Lázaro Alexandre Pereira de Andrade e Jhones Prazeres, além de outros três, identificados apenas como soldado Maximiano, soldado Alan e cabo Paim. Diretor do Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco), Fábio Lordello acredita que esse grupo seja uma espécie de "braço armado" da quadrilha.
Além de PM, Jhones é empresário do ramo de venda de veículos. Da mesma área de atuação, foi preso nesta manhã Francisco Souza Braga Júnior e a esposa, Rafaela Aragão.
A Polícia Civil da Bahia, agora, quer saber se esses rifeiros têm ligação com o Primeiro Comando da Capital, responsável pela execução de Vinicius Gritzbach, no Aeroporto Internacional de Guarulhos. "Temos que aprofundar com cautela nas investigações. Isso serve para a gente identificar as ligações existentes naquele local", pontuou Fábio Lordello. "O tráfico de drogas se apropria da rifa para a lavagem de capital. Ele não tem limite", concluiu.
A operação, que apreendeu veículos de luxo, também ocorre em outras cidades do interior do estado, com dezenas de mandados judiciais e medidas cautelares sendo cumpridos. Segundo as investigações, o grupo utilizava redes sociais para divulgar rifas de alto valor com resultados manipulados para beneficiar integrantes da organização. Empresas de fachada e pessoas interpostas eram usadas para ocultar a origem dos valores ilícitos.
