A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) denunciou ao Ministério Público da Bahia um suspeito de feminicídio e um dos delegados de Luís Eduardo Magalhães, no Oeste do estado. A situação envolve a garota trans que se identificada como Rhianna, assassinada no último sábado (6).
De acordo com as investigações, a mulher trans foi contratada para um programa, por um motorista de aplicativo. Na volta, segundo depoimento do suspeito, os dois tiveram uma discussão dentro de um carro. A vítima teria ameaçado expor a relação sexual e, ainda, o acusar de estupro.
O suspeito alega legítima defesa. Após estrangular Rhianna, ele deixou o corpo na delegacia de Luís Eduardo Magalhães. Atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, a mulher trans não resistiu.
Já o motorista foi ouvido e liberado porque, segundo a Polícia Civil, confessou o crime e se apresentou voluntariamente.
"É inconcebível que um delegado não faça a prisão em flagrante de um ASSASSINO que levou um CORPO até uma delegacia porque ele foi "bonzinho", confessou o crime e jurou de dedinho que vai se comportar", disse Erika Hilton, pelas redes sociais.
"Vamos refletir por um mísero instante: se uma pessoa matasse um colega de trabalho, um vizinho, um idoso ou uma criança, levasse o corpo até a delegacia e confessasse, ela seria liberada? Lógico que não", questionou.
"Confissão não afasta flagrante, assassinato é assassinato e, na nossa Lei, não existe vida humana que valha mais do que a outra. E uma pessoa capaz de matar não deve ser instantaneamente liberada", completou a deputada.
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