Um caso que chocou o Brasil. Um adolescente de 16 anos, que era adotado, matou os pais e a irmã, dentro da própria casa. Além disso, conviveu com os corpos por três dias, mantendo sua rotina normalmente. No último domingo (19), ele se entregou e disse: “faria tudo novamente”. O garoto contou que chegou a ir à padaria e à academia já com o trio assassinado. Além disso, teria confessado dar uma facada no corpo da mãe adotiva no dia seguinte da morte, pois estava com muita raiva. Veja, abaixo, detalhes do caso:
QUEM FORAM OS MORTOS?
- Isac Tavares Santos, 57;
Solange Aparecida Gomes, 50;
Letícia Gomes Santos, 16.
QUAL FOI A MOTIVAÇÃO DO CRIME?
O adolescente disse à Polícia Civil ter discutido com o pai na noite anterior dos assassinatos e que, como forma de castigo, teria ficado sem acesso ao celular e ao computador. O pai teria ainda o chamado de vagabundo. Após a briga, ele decidiu matar.
COMO ELE FEZ PARA COMETER O TRIPLO HOMICÍDIO?
O jovem utilizou a arma de Isac para cometer os assassinatos. Ele esperou o rapaz chegar da escola com Letícia e acertou um tiro fatal na primeira vítima. Depois, ele subiu escadas do imóvel e acertou um tiro no rosto da irmã. Já durante a noite, ele aguardou Solange chegar do trabalho, abriu o portão para ela entrar com o carro e, já dentro de casa, a executou.
QUANDO OS CORPOS FORAM DESCOBERTOS?
Os corpos só foram descobertos três dias depois das mortes. Foi o próprio jovem quem denunciou a situação porque teria se incomodado com o odor dos corpos e a quantidade de moscas em casa.
O QUE O ADOLESCENTE FEZ?
O adolescente seguiu vida normal após as execuções: comprou alimentos e foi à academia. Além disso, usou o celular do pai para responder mensagens dos amigos de trabalho que sentiram falta dele no plantão. Ainda teria dado uma facada na mãe já morta, no dia seguinte, pois disse estar com muita raiva ainda.
O infrator revelou que já havia pensado em matar Solange e Isac em outra oportunidade, mas que não seguiu adiante com o plano.
ONDE ESTÁ O SUSPEITO?
O adolescente foi levado à delegacia e, posteriormente, encaminhado à Fundação Casa. O caso foi registrado no 33º Distrito Policial, em Pirituba, como ato infracional de homicídio, feminicídio, posse ou porte ilegal de arma de fogo e vilipêndio, ato de menosprezar ou desprezar um cadáver ou suas cinzas.
ELE ESTÁ ARREPENDIDO?
Não. Ele demonstrou frieza e falou com naturalidade sobre como teria atacado os familiares. Também disse não estar arrependido e afirmou que, se fosse possível, faria de novo.
A equipe de investigação do 33º Distrito Policial analisa a possibilidade de submeter o adolescente a um exame de higidez mental. Se ficar comprovada insanidade, ele pode ficar internado por tempo indeterminado.