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Funcionários de supermercado são flagrados agredindo homem em situação de rua em Salvador

Data:
Da redação

O fiscal de prevenção do Atakarejo relatou aos policiais militares que o homem ferido teria começado as agressões contra os funcionários

Funcionários de supermercado são flagrados agredindo homem em situação de rua em Salvador
Divulgação/Atakarejo

Funcionários do supermercado Atakarejo, localizado no bairro do Caminho de Areia, em Salvador, foram flagrados, em vídeo, agredindo uma pessoa em situação de rua no estacionamento do estabelecimento. O caso aconteceu na noite de quarta-feira (31).

As imagens mostram a vítima, um homem, sendo perseguido e recebendo golpes com uma muleta. O cinegrafista amador se revolta: "Ele já está imobilizado. Vai bater nele, com covardia? Ele é um ser humano", se revolta, enquanto registra tudo com o celular.

Por meio de nota, a Polícia Militar disse que agentes da 17ª Companhia Independente foram acionados para atender a ocorrência, que tinha relação com lesões corporais sofridas pelo funcionário do mercado.

Ao chegarem no local, os PMs já encontraram a pessoa em situação de rua caída, no estacionamento. O fiscal de prevenção do Atakarejo relatou aos policiais militares que o homem ferido teria começado as agressões contra os funcionários. Ele estaria embriagado. 

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O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado. Por meio de nota, a Secretaria Municipal da Saúde confirmou que houve o atendimento, mas não detalhou o estado de saúde do rapaz.

A reportagem do Portal do Casé também pediu posicionamento à assessoria de imprensa do Atakarejo, que não tinha dado um retorno até a publicação desta matéria. 

REINCIDENTE

Em setembro deste ano, o Atakarejo se comprometeu a pagar R$ 20 milhões ao Fundo de Promoção do Trabalho Decente (Funtrad), do Estado da Bahia, para custear, preferencialmente, iniciativas relacionadas ao combate do racismo estrutural.

A obrigação foi assumida em Termo de Acordo Judicial dois anos depois de seguranças da empresa entregarem tio e sobrinho suspeitos de furto para traficantes do Nordeste de Amaralina, em Salvador. As vítimas, Bruno e Yan Barros, foram mortas com diversos tiros. Os dois foram flagrados furtando carne em uma unidade do Atakarejo. Oito suspeitos foram indiciados pela Polícia Civil.

No Termo de Acordo, ficou decidido que a empresa deveria cumprir a obrigação de não realizar a contratação de empresa de segurança patrimonial que detenha em seus quadros empregados policiais civis ou militares da ativa ou que tenham sido expulsos das instituições e que mantenha entre seus empregados pessoas com condenação transitada em julgado por crimes em que haja o emprego de violência física ou psíquica.

Na época, a empresa também foi obrigada de, dentro de seis meses, atualizar o seu Código de Ética e Conduta para reforçar, de modo objetivo, a proibição de práticas discriminatórias ou que possam gerar constrangimento e demais riscos identificados e qualquer forma de violência física ou moral por qualquer dos seus trabalhadores, bem como revisar o conteúdo de sua política de diversidade e inclusão.
 

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