A influenciadora digital Melissa Said é alvo de uma operação da Polícia Civil da Bahia, deflagrada na manhã desta quarta-feira (22), que investiga um grupo criminoso envolvido no tráfico interestadual de drogas e na lavagem de dinheiro.
As investigações conduzidas pelo Departamento Especializado de Investigação e Repressão ao Narcotráfico (Denarc) atribuem à Melissa também a comercialização, armazenamento e distribuição de maconha em Salvador.
As apurações apontam ainda que a investigada mantinha fornecedores nos estados da Bahia e de São Paulo. Estão sendo cumpridos mandados de prisão temporária e de busca e apreensão, expedidos pela Justiça, nas cidades baianas de Salvador e Lauro de Freitas, além dos municípios paulistas de São Paulo e Araçatuba.
Foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão, sendo cinco em Salvador e cinco em São Paulo, além de três mandados de prisão.
Dois homens foram capturados em Lauro de Freitas, em cumprimento a ordens judiciais de prisão temporária. Um deles também foi autuado em flagrante por tráfico de drogas, após serem apreendidos 1,4 kg de maconha tipo “skank”, 270 gramas de haxixe, além de porções de maconha comum, balanças de precisão, embalagens plásticas, celulares, cartões e dois veículos com indícios de utilização na atividade criminosa.
Melissa é considerada foragida. A mulher também já havia sido conduzida anteriormente a uma unidade policial, após ser flagrada com uma porção de droga no aeroporto.
Nas redes sociais, que acumula mais de 300 mil seguidores, ela se define como "ervoafetiva" - que tem carinho por planta - e defende a legalização da maconha no Brasil. Embaixadora da "Bem Bolado Brasil", compartilha vídeos fumando a droga e respondendo a perguntas sobre o tema.
Em um destes arquivos, a mulher afirma que a ilegalidade da erva no Brasil "precisa evoluir", assim como outras leis que mudaram com o passar dos anos".
"Não. Fumar maconha é ilegal em alguns países. Se você acha que uma coisa é errada porque é ilegal automaticamente, então você é um imbecil que não raciocina sozinho e pensa através de outras pessoas. Os pretos eram escravizados dentro da lei. As mulheres não podiam votar dentro da lei. Fora outras atrocidades. Como essas leis, graças a Deus, evoluíram, essa também precisa evoluir. Já passou da hora", disse Melissa, em um dos vídeos.
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