A jornalista Samara Figueiredo, da Rede Bahia, foi vítima de agressões verbais no Estádio Manoel Barradas, durante o clássico entre Vitória e Bahia, válido pela final do Campeonato Baiano, no domingo (31). A situação foi exposta por meio de nota divulgada nesta terça-feira (2) pelo Sindicato dos Jornalistas da Bahia.
Segundo o órgão, membros da torcida rubro-negra tentaram quebrar o vidro de proteção da cabine onde estava o produtor de conteúdo da TV institucional do Esporte Clube Bahia, Antônio Neto e, ao tentar tirá-lo do local, a jornalista foi agredida com diversos insultos misóginos e gestos obscenos.
Os agressores ainda jogaram um copo de cerveja em Samara e disseram que ela não deveria estar no estádio, pois “ali não é lugar de mulher” e que ela deveria estar “dormindo com alguém” para ter chegado onde chegou.
Foi necessária a intervenção da Polícia Militar para que as vítimas fossem retiradas em segurança do local. “Fiquei bem insegura de sair das cabines, fomos muito ameaçados. Eles gritavam a todo momento que uma hora eu ia ter que sair e que iriam me pegar”, relatou Samara ao Sinjorba.
A Comissão de Mulheres do Sindicato dos Jornalistas lamentou a situação, "em um ambiente que deveria ser seguro e democrático, com respeito à diversidade e à pluralidade".
"A Comissão solicita também que o Esporte Clube Vitória apure o ocorrido e adote medidas para que cenas lamentáveis como essa não voltem a acontecer. O Sinjorba ainda solicita à Rede Bahia o acompanhamento do caso e garanta que seus profissionais possam trabalhar com segurança, inclusive incentivando a denúncia aos órgãos competentes para que os culpados sejam punidos", completou.
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