O advogado baiano João Francisco de Assis Neto, suspeito de agredir fisicamente sua companheira, teve a prisão preventiva decretada, por ordem do juiz Rodolfo Osório Gatto Herrmann, nesta terça-feira (15).
A decisão acolhe pedido do Ministério Público, que apontou risco à integridade física e psíquica da vítima, além da possibilidade de reiteração do crime. De acordo com os autos, a vítima relatou agressões anteriores e ameaças com arma de fogo.
O crime aconteceu na segunda-feira dentro de um condomínio, em Maceió. Imagens de câmeras de segurança e fotografias anexadas ao processo mostram, segundo o juiz, "a gravidade da lesão sofrida", incluindo um corte no queixo da mulher, que teria causado intenso sangramento.
Na decisão, o magistrado destacou o risco que a liberdade do acusado representaria à ordem pública e à segurança da vítima. Para ele, não há medida cautelar alternativa à prisão. O advogado João Neto tem mais de 2 milhões de seguidores somente no Instagram.
A defesa de João Francisco, no entanto, contesta a necessidade da medida, afirmando que a prisão preventiva é desproporcional. Os advogados sustentaram, na audiência de custódia, que o acusado possui residência fixa, emprego e não tem antecedentes criminais.
A defesa também ressaltou que João, ex-policial militar da Bahia, já atuou como servidor público e que a prisão deveria ser adotada apenas como última alternativa, o que, em sua visão, não se aplica ao caso. O processo segue em tramitação.
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