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Justiça manda transferir PM preso por matar comerciante em Canudos

Data:
Jean Mendes

O Batalhão que abriga PMs presos fica em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador

Justiça manda transferir PM preso por matar comerciante em Canudos
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O Tribunal de Justiça autorizou a transferência do soldado da Polícia Militar Erick Expedito Ferreira Souza para um Batalhão que tenha condições de abrigar um preso. O agente é suspeito de matar, com um tiro, o comerciante Vilibaldo Oliveira Cardoso. O caso aconteceu no domingo (5), durante uma festa de vaquejada ocorrida na zona rural do município de Canudos, Norte da Bahia. 

O pedido de transferência foi encaminhado ao juiz Eduardo Bonfim pela própria Polícia Civil. A solicitação não detalha onde, hoje, Erik está preso. Ele foi encaminhado para a Delegacia Territorial de Euclides da Cunha no mesmo dia do assassinato, após ser preso em flagrante.

"Entendo mais adequada, no momento, a transferência do custodiado para o Batalhão da PM localizado em Salvador, considerando a necessidade de garantir tanto a segurança do custodiado quanto a regularidade da custódia", escreveu o magistrado. Na decisão, porém, ele autoriza que a PM escolha o Batalhão.

"A transferência de pessoa presa constitui medida que deve ser analisada com a devida cautela, considerando tanto a necessidade de garantir a adequada custódia do preso quanto a segurança do estabelecimento prisional e dos demais custodiados", pontuou, ainda, o juiz.

O Batalhão que abriga PMs presos fica em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador. Na segunda-feira (6), Erik passou por audiência de custódia. O juiz Paulo Ramalho entendeu que ele deveria continuar preso. 

CRIME

Por meio de nota, a PM disse que guarnições foram acionadas para atender ocorrência envolvendo uma confusão generalizada com disparos de arma de fogo no povoado de Malhada da Aroeira. No local, os militares constataram que, durante a briga, um homem foi atingido por disparos de arma de fogo.

Erick não estava trabalhando no momento do crime. O Portal do Casé teve acesso ao seu depoimento. O soldado disse que percebeu uma confusão generalizada na festa, e que ele resolveu entrar na discussão porque percebeu colegas envolvidos. O suspeito ainda argumentou que foi agredido por Vilibaldo, e que ele ainda tentou tomar sua arma.

O filho do comerciante e testemunha do assassinato, por meio de um vídeo, desmentiu essa versão. Segundo ele, não havia confusão no momento do homicídio. "Teve uma confusão cerca de 15 minutos antes e meu pai não participava. A gente não sabe a motivação do crime. Não havia policiais no momento. Esse policial veio na direção do meu pai e efetuou o disparo. Por qual motivo esse policial não fez exames, se ele estava bêbado?", questionou. 

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