Segundo o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, a fuga de Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva da Penitenciária Federal de Mossoró no dia 14 de fevereiro, teve ajuda externa de comparsas e organizações criminosas. "Eles, obviamente, foram coadjuvados por criminosos externos. Tiveram auxílios de seus comparsas e das organizações criminosas às quais eles pertenciam", disse o ministro em pronunciamento.
Os dois detentos foram recapturados nesta quinta-feira (4) em Marabá (PA) por uma ação conjunta da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal.
Investigação e captura
As investigações apontaram que, durante a fuga, a dupla manteve uma família como refém, além de ter sido avistada em diversas comunidades. Eles se esconderam em uma propriedade rural e agrediram um indivíduo na zona rural de Baraúna. Há a suspeita de que os foragidos tenham sido mantidos por membros do Comando Vermelho do Rio de Janeiro em parte do tempo.
Falhas e descarte de corrupção
Um relatório da corregedoria-geral da Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais) apontou falhas em procedimentos na fuga dos presos, mas descartou a participação de agentes penitenciários.
Repercussão
A recaptura dos foragidos coloca fim a uma extensa operação de busca que durou 50 dias e mobilizou diversas forças policiais. O caso levanta questões sobre a segurança das penitenciárias federais e a necessidade de reforçar os mecanismos de controle e prevenção de fugas.