O ex-integrante da Igreja Universal do Reino de Deus, Silvio Roberto Galiza, está sendo investigado por extorsão. A informação foi dada na noite de domingo (3), durante reportagem do Domingo Espetacular. Há duas semanas, a revista eletrônica vem colocando dúvidas acerca da condenação de Joel Miranda e Fernando Aparecido, integrantes da IURD, no caso do menino Lucas Terra.
A apuração está em segredo de Justiça, após Galiza ser flagrado, em vídeo, supostamente pedindo dinheiro a um líder da Igreja Universal de Salvador. Nas imagens, divulgadas pela TV Record - que é ligada à IURD -, o primeiro condenado diz que pode mudar sua versão do crime. Foi ele quem acusou Joel e Fernando pelo assassinato de Lucas, em 2001.
Galiza foi o primeiro condenado pelo homicídio com requintes de crueldade do jovem, que tinha 14 anos na época. Ele ficou preso e, durante esse período, incriminou os outros dois homens. Foi por conta desse primeiro depoimento de Galiza, em 2006, que Fernando e Joel começaram a ser investigados pela Polícia Civil da Bahia.
Lucas Vargas Terra foi encontrado morto, carbonizado, dentro de uma caixa de madeira em Salvador. Após diversas apurações, a Polícia Civil denunciou Silvio Galiza pelo homicídio. Ele, que teria uma obsessão doentia pelo menino, foi condenado em um júri popular e ficou preso. Fernando Aparecido e Joel Miranda foram condenados em 2023.
Por meio das redes sociais, a mãe de Lucas Terra se mostrou revoltada com o tom da primeira reportagem do Domingo Espetacular.
"Foram muitas provas produzidas e ratificadas pelos jurados. Os assassinos condenados são todos iguais. Frios, Dissimulados e Cruéis! Prestem atenção na postagem em duas partes, ao final da primeira, postarei a segunda e veja a conclusão. Compartilhem, Curtam, Comentem para chegar ao máximo de pessoas possíveis. A mentira não pode prevalecer", escreveu no Instagram.
"A 'NOTA DE REPÚDIO' contra a matéria do Domingo Espetacular da TV Record no último domingo, coincidentemente dois dias depois do RECURSO DE APELAÇÃO DA DEFESA DOS CONDENADOS, pedindo a ANULAÇÃO DO JÚRI POPULAR, que sentenciou o Fernando e Joel a 22 anos de prisão. Por incrível que pareça estão livres e participando de entrevistas em matérias tendenciosas em seus benefícios", completou.
