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'Mistério do ferro-velho': Justiça manda prender empresário Marcelo mais uma vez

Data:
Jean Mendes

Apesar de já ter dois pedidos de prisão, Marcelo Batista nunca foi achado

'Mistério do ferro-velho': Justiça manda prender empresário Marcelo mais uma vez
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O Tribunal de Justiça da Bahia mandou prender o empresário Marcelo Batista da Silva, suspeito de mandar matar dois funcionários dentro de um ferro-velho no bairro de Pirajá, em Salvador. O mandado de prisão preventiva foi assinado no último dia 1º de abril pelo juiz Vilebaldo José de Freitas Pereira, conforme apurou nesta terça-feira (8) o Portal do Casé.

Segundo a Polícia Civil, o empresário mandou matar Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento e Matuzalem Lima Muniz, em novembro de 2024, no caso que ficou conhecido como "mistério do ferro-velho".

No início de março, o mesmo juiz, Vilebaldo, tinha revogado um mandado de prisão que estava em aberto contra Marcelo. Desde que o caso ganhou repercussão nacional, o dono da empresa Prometais não foi mais visto. Fontes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa chegaram a afirmar que ele está fora do Brasil.

"Inexistem nos autos elementos demonstrativos da necessidade de se manter a prisão processual dos indiciados, estando claro que não pretendem eles furtar-se à aplicação da lei penal, vez que possuem endereço conhecido, podendo ser localizados a qualquer momento para a prática dos atos processuais", ponderou o juiz ao retirar o mandado, em abril. 

CRIME

O sumiço foi comunicado ao Departamento de Proteção à Pessoa em 4 de novembro. Quatro dias depois, o Tribunal de Justiça autorizou buscas nos endereços residencial e comercial do empresário. Marcelo mora em um apartamento duplex, no 17º andar de um condomínio de luxo no bairro de Pituaçu, em Salvador. A firma dele, Prometais, funciona em Pirajá. Nos dois endereços, a polícia encontrou vestígios de fuga e ocultação de provas.

Na empresa de Marcelo, onde familiares acreditam que Paulo e Matusalém tenham sido executados, a Polícia Civil acha vestígios de sangue dentro de um lixo. Além disso, o sistema de câmeras de segurança, com mais de 50 equipamentos que monitoravam todo o imóvel, já estava destruído. "Cabe destacar que praticamente todo o monitoramento foi inutilizado, e possivelmente continha imagens da TORTURA e EXECUÇÃO das vítimas", chegaram a afirmar os policiais.

Além de Marcelo, também são investigados o policial militar Marcelo Durão Costa, o irmão dele, Clóvis Antônio Santana Durão Júnior, além do também PM Josué Xavier e do funcionário do ferro-velho, conhecido como "Cabecinha". 
 

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