Um cabo da Polícia Militar, conhecido como Maguila, foi preso na manhã desta terça-feira (17) por participação nos desaparecimentos de Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento e Matusalém Silva Muniz, no caso conhecido como "mistério do ferro-velho".
O PM é apontado como co-autor do crime, cujo o principal suspeito está foragido, o empresário Marcelo Batista da Silva. Na manhã desta terça, foram cumpridos também, mandados de busca e apreensão na casa do policial. Ele já está no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa.
A operação desta terça contou com equipes das Polícias Civil e Militar. O DHPP garante que as investigações continuam, visando esclarecer todas as circunstâncias do fato em apuração e alcançar todos os envolvidos.
CASO
O sumiço foi comunicado ao Departamento de Proteção à Pessoa em 4 de novembro. Quatro dias depois, o Tribunal de Justiça autorizou buscas nos endereços residencial e comercial do empresário Marcelo Batista da Silva, dono da empresa Prometais, onde Paulo e Matusalém trabalhavam.
Marcelo, que é considerado foragido, mora em um apartamento duplex, no 17º andar de um condomínio de luxo no bairro de Pituaçu. A firma dele funciona em Pirajá. Nos dois endereços, a polícia encontrou vestígios de fuga e ocultação de provas.
No imóvel residencial, a Polícia Civil viu estado de abandono, com três características bem evidentes: roupas espalhadas pelo quarto; geladeira com odor fétido; e gavetas vazias, sugerindo que o morador saiu às pressas.
Os investigadores descobrem que o dono da Prometais esteve no residencial na manhã do dia 4. Imagens de câmeras de segurança mostram o suspeito com uma camisa de cor rosa, segurando um celular. O comportamento dele, porém, chama a atenção dos policiais: "sugere que poderia estar organizando ações relacionadas aos fatos investigados", descrevem.
No último dia 6, o Corpo de Bombeiros reforçou buscas pelos corpos das vítimas na Barragem do Cobre, em Pirajá, mas nada foi localizado.