A Polícia Civil confirmou nesta segunda-feira (16) que leva em consideração a hipótese de feminicídio, no caso que vitimou a autônoma Gleyce da Silva Bonfim, 26 anos. A situação aconteceu dentro de uma casa, na Baixa do Bonfim, em Salvador, no domingo. O marido da vítima, o soldado da Polícia Militar João Paulo Freire Santos, estava no imóvel no momento do assassinato e fugiu em seguida.
Vizinhos que ouviram os disparos ligaram para a Polícia Militar. Agentes da 17ª Companhia Independente (CIPM/Uruguai) chegaram ao local e encontraram Gleyce já sem vida. Perto do corpo, estavam duas armas de fogo, que foram recolhidas: uma pistola, de uso particular do policial, e outra pertencente à corporação. Fontes do Portal do Casé apontam que Gleyce levou pelo menos dois tiros.
João foi visto saindo do local com o irmão gêmeo e com a mãe. O soldado e a autônoma tinham se casado há cerca de cinco dias, após dois anos de relacionamento. Por nota, a PM lamentou "profundamente a morte registrada" e prestou "solidariedade aos familiares e amigos da vítima neste momento de dor".
"A corporação reafirma seu compromisso com a transparência e colabora integralmente com os órgãos responsáveis para o completo esclarecimento do fato", concluiu. João é lotado na 16ª Companhia Independente (CIPM/Comércio) e, nesse momento, não tem mandado de prisão em aberto.
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) informou que aguarda laudos periciais para conclusão do inquérito. O corpo da jovem foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Salvador.
Por meio das redes sociais, a irmã de Gleyce, Kelly Bonfim, reforçou a hipótese de assassinato. “Todos os indícios apontam para homicídio, nenhum indício de suicídio. Apenas o sistema querendo acobertar mais um PM canalha”, lamentou.
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