Cerca de 60 corpos foram expostos, na manhã desta quarta-feira (29), na entrada da comunidade Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro. De acordo com moradores, todos foram mortos por policiais militares e civis durante a operação batizada de "Contenção", deflagrada na terça. Oficialmente, o Governo do Rio de Janeiro não reconhece ainda que esses corpos têm relação com a ação policial.
Durante a madrugada, familiares e moradores dos Complexos da Penha e Alemão - áreas de domínio da facção criminosa Comando Vermelho - procuraram os corpos na mata. Por meio das redes sociais, testemunhas relatavam a cena: "São muitos corpos e não estamos dando conta. Quem puder subir para ajudar, sobe", disse uma mulher, pela ferramenta storie, do Instagram.
Tragam lençol para cobrir os corpos
Oficialmente, o Governo do Rio de Janeiro fala em 64 mortos na operação, além de 81 presos e 93 fuzis apreendidos. Entre esses mortos estão quatro policiais - dois civis e dois militares, do Batalhão de Operações Policiais Especiais -. Eles são: os investigadores Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, Rodrigo Velloso Cabral, além dos sargentos Cleiton Serafim Gonçalves e Heber Carvalho da Fonseca.
"Como forma de reconhecimento e respeito, todos serão promovidos postumamente. Minha solidariedade e minhas orações estão com as famílias, amigos e colegas de farda desses heróis. Eles serviram ao Estado com coragem, defendendo o que acreditavam: um Rio mais seguro e livre", disse, por meio da rede social X, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL).