Considerado liderança do tráfico de drogas da facção Katiara, Pablo Ricardo de Assis Gomes Oliveira, conhecido como "Pablo Escobar", foi morto durante a megaoperação da Polícia Civil realizada na manhã desta segunda-feira (4) no bairro de Valéria, em Salvador. A informação foi confirmada ao Portal do Casé por fontes ligadas à Secretaria da Segurança Pública.
A ação, chamada de "Responsio", apreendeu dois fuzis, drogas, além de dois veículos com restrição de roubo. Acampamentos, com uma prensa e reservatórios de água utilizados para armazenar drogas, foram desarticulados no meio da mata.
"Escobar" estava com um dos fuzis e atirou contra as guarnições. Ele chegou a ser socorrido para uma unidade de saúde, mas não resistiu. O objetivo das ações foi o cumprimento de mandados judiciais contra integrantes de grupos criminosos envolvidos no confronto que resultou na morte do policial federal Lucas Caribé e do ferimento grave a um policial civil, em setembro. Além de Pablo, outro homem também morreu em confronto.
MUNDO DO CRIME
"Escobar" tinha esse apelido em homenagem ao traficante colombiano Pablo Escobar. Em 2022, ele foi incluído no Baralho do Crime da Secretaria da Segurança Pública, uma ferramenta lúdica que mostra as pessoas mais perigosas da Bahia. No mesmo ano, Pablo Ricardo foi um dos alvos da "Operação Araitak", que tinha como alvos líderes da Katiara. Ele, porém, nunca foi localizado.
Apurações da Polícia Civil apontam que Pablo era homem de confiança de Adilson Souza Lima, o "Roceirinho". Líder da facção Katiara, ele está preso no complexo da Mata Escura, em Salvador. De acordo com as investigações do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), "Escobar" também era apontado como autor e mandante de diversos homicídios que aconteceram no bairro nos últimos anos.