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"Papudo": artesão morto em comércio na Bahia respondia por grupo de extermínio e morou em condomínio de luxo

Data:
Jean Mendes

Apuração do Portal do Casé aponta que, em 2024, ele iria à júri popular por um homicídio cometido em 2006 na cidade de Camaçari

"Papudo": artesão morto em comércio na Bahia respondia por grupo de extermínio e morou em condomínio de luxo
Arquivo pessoal

A vida pacata, comandando um pequeno comércio às margens da BR-116, escondia um homem investigado por participar de grupo de extermínio. Lourivan de Souza, 48 anos, foi assassinado a tiros na manhã de terça-feira (19) em Tucano, Nordeste da Bahia

Apuração do Portal do Casé aponta que, em 2024, ele iria à júri popular por um homicídio cometido em 2006 na cidade de Camaçari, Região Metropolitana de Salvador.

De acordo com o processo, a vítima foi José Roberto Arruda, surpreendida com vários tiros dentro do próprio carro, modelo Uno, em setembro de 2006. Lourivan foi preso dois dias depois do crime. Ele foi denunciado com outros três homens: José Augusto Tavares Neto, Ricardo Martins Batista Santos e Jéferson Lopes dos Santos. 

O processo se arrasta há 17 anos no Tribunal de Justiça da Bahia. Dos citados, apenas Lourivan continua vivo. Ele, que é natural de Feira de Santana, não foi encontrado pela Justiça da Bahia para ser intimado sobre o julgamento popular. A motivação do assassinato de 2006, que entrou como qualificado, não fica claro no processo, mas Lourivan sempre negou que conhecesse a vítima. Testemunhas de defesa também sempre o citam como "trabalhador".

Apesar de ser natural de Feira, Lourivan morou em Camaçari e Entre Rios. Nessa última cidade, seu endereço era um condomínio de luxo em Porto de Sauípe. A Polícia Civil apura se ele, que era conhecido como "Papudo", tinha alguma ligação com o tráfico de drogas no Litoral Norte da Bahia. Essa situação, porém, está no terreno das especulações.

CRIME NO COMÉRCIO

A polícia quer entender há quanto tempo Lourivan estava morando em Tucano. O comércio em que ele foi morto vendia artesanatos, feitos pela própria vítima. São objetos em madeira que ele exibia nas redes sociais. Mas o artesão jamais aparecia com as obras.

Imagens de câmeras de segurança flagraram a ação. Os vídeos mostram que os bandidos chegam a bordo de um veículo, modelo HB20. Dois deles descem, com pistolas em punho, e identificam Lourivan.

Já na parte interna do comércio, o artesão recebe os tiros, com armas diferentes. Um dos criminosos chega a filmar Lourivan morto. Logo em seguida, eles fogem. A dupla estava encapuzada e o motorista do HB20 sequer desce do automóvel.

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