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PM acusado de matar trabalhador após discussão deve ir a júri popular ainda neste ano

Data:
Jean Mendes

Edmilson Bispo da Silva está preso desde 2023

PM acusado de matar trabalhador após discussão deve ir a júri popular ainda neste ano
Alberto morreu na hora - redes sociais

O juiz Armando Duarte Mesquita Júnior deu prazo de cinco dias, a partir da última segunda-feira (12), para que o Ministério Público e advogados de defesa apresentem uma lista de testemunhas que serão ouvidas no júri popular do cabo da Polícia Militar Edmilson Bispo da Silva.

Na prática, a decisão do magistrado apresenta um importante passo para a marcação do júri. Como o réu está preso desde 2023 e responde por homicídio e furto qualificado, a expectativa é que o julgamento ocorra entre os meses de junho e julho.

Bispo, que na época do caso era lotado no 6º Batalhão (BPM/Senhor do Bonfim), está preso desde setembro de 2023 por suspeita de assassinar, a tiros, o trabalhador rural Alberto Pereira, na zona rural do município de Queimadas, Nordeste da Bahia. O crime ocorreu no dia 20 de julho daquele ano.

Denúncia do Ministério Público aponta que Alberto estava saindo da lavoura, com seu irmão, quando foi surpreendido por dois homens, que estavam em um veículo. O cabo Bispo teria mandado ambos correrem e atirou. Alberto morreu na hora, enquanto o outro rapaz conseguiu escapar.

O MP sustenta que Alberto havia chegado há pouco tempo na Bahia, após passar anos trabalhando em lavouras de café em Minas Gerais. Nos festejos de Queimadas, ele se desentendeu com o PM. O cabo teria ficado com raiva e resolveu descontar. Depois do homicídio, o celular da vítima foi levado.

Nesses quase dois anos de prisão, instâncias diferentes do Poder Judiciário - incluindo desembargadores do Tribunal de Justiça e ministros do Superior Tribunal de Justiça - negaram a soltura do policial militar. 

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