O policial militar Edmilson Bispo da Silva, preso preventivamente acusado de matar o trabalhador rural Alberto Pereira no município de Queimadas, Norte da Bahia, vai receber uma medalha da própria corporação.
A informação foi confirmada pelo Portal do Casé nesta terça-feira (7). A decisão foi assinada pelo comandante-geral da PM, coronel Paulo Coutinho, e publicada no último dia 31 de outubro. A medalha recebida por Bispo será a de prata, por ter alcançado 20 anos de tempo de serviço. Além dele, vários PMs receberão a mesma condecoração.
De acordo com um decreto, de 1974, "o Oficial ou Praça que completou depois de 7 de janeiro de 1946 ou vai completar 10, 20 ou 30 anos de efetivo serviço policial militar na Corporação, faz jus a Medalha de Tempo de Serviço em Bronze, Prata ou Ouro, respectivamente, desde que não incurso em quaisquer destes casos de indeferimento", destaca o texto.
A PM da Bahia, oficialmente, diz que abriu um procedimento administrativo na corregedoria, por meio do 6º Batalhão (BPM/Senhor do Bonfim) para investigar a acusação de homicídio que o PM Edmilson Bispo sofre na Justiça comum. Apesar disso, ainda de acordo com a apuração do Portal do Casé, nada foi oficializado no Boletim Geral Ostensivo da corporação.
ASSASSINATO
A reportagem do Portal do Casé apurou que Alberto estava saindo da lavoura, com seu irmão, quando foi surpreendido por dois homens, que estavam em um veículo. O cabo Bispo, que não usava nenhum tipo de capuz, teria mandado ambos correrem e atirou. Alberto morreu na hora, enquanto o outro rapaz conseguiu escapar. Ele é a principal testemunha.
Apuramos ainda que Alberto havia chegado há pouco tempo na Bahia, após passar anos trabalhando em lavouras de café em Minas Gerais. Nos festejos de Queimadas, ele se desentendeu com o PM Bispo. O cabo teria ficado com raiva e resolveu descontar dias depois. Tudo isso está sendo investigado pela Polícia Civil.
Também no último dia 31 de outubro, o juiz Matheus Oliveira de Souza converteu a prisão temporária em preventiva.
Edmilson, que é cabo, foi preso no dia 6 de setembro, em uma megaoperação da Polícia Civil. Os agentes deflagraram ações para cumprimentos de mandados de busca e apreensão. Horas depois, Bispo se apresentou na sede do Batalhão da PM em Itiúba, onde ele trabalhava. O homicídio ocorreu no dia 20 de julho.
De acordo com o TJ, o mandado de prisão foi prorrogado por 30 dias, em 4 de outubro. No dia 30, quando a prisão temporária de 30 dias já estava vencendo, o inquérito foi encaminhado à Justiça Pública, ou seja, ao juízo de direito da Comarca de Queimadas, juntamente com o pedido de representação pela decretação da prisão preventiva, formulado pelo Delegado de Polícia.