A Polícia Militar demitiu o soldado João Wagner Madureira dos Santos. A informação foi confirmada com exclusividade pelo Portal do Casé. O agora ex-PM é acusado de matar a jovem Fernanda dos Santos Ferreira, de 23 anos, em um posto de combustíveis no município de Ilhéus, Sul da Bahia. O crime aconteceu no dia 11 de janeiro e o policial foi preso uma semana depois. Segundo a Polícia Civil, uma discussão por conta de uma caixa de som de R$ 400 motivou a ação.
Uma comissão, formada por oficiais, entendeu que João não deveria ficar na corporação. Em quase um ano de investigações, os PMs ouviram testemunhas do crime e consideraram que, entre outras situações, João "abusa das prerrogativas inerentes ao cargo de policial militar, faz efetivamente uso arbitrário das próprias razões, protagoniza cenas repugnantes de agressão física e otimiza desinteligentemente a fatídico resultado que culminou com a morte".
O crime foi filmado por uma câmera de segurança. Nas imagens, é possível ver João Wagner abordando Fernanda de forma violenta, com chutes e arma em punho. Antes, os dois já tinham tido uma discussão. Segundo as investigações da Polícia Civil, o então soldado deflagrou dois tiros contra a jovem.
Na época, o titular da Delegacia de Homicídios de Ilhéus, Helder Carvalhal de Almeida, contou que a briga entre Fernanda e João começou por motivo fútil. "A situação iniciou com um desentendimento entre a vítima e a tia do autor. O policial tomou partido da tia e começou as agressões, culminando no homicídio”, detalhou. Apuração do Portal do Casé aponta que a jovem esteve na casa da tia de João, e acusou a mulher de ter furtado uma caixa de som. Após uma briga, João foi acionado.
Também na época, por meio de nota, os advogados do então PM disseram que o homicídio teria sido acidental. "As imagens não divulgadas irão provar que a arma não tinha a intenção de intimidar a vítima, mas sim afastar pessoas alteradas na localidade. Quanto ao disparo ocorrido, esse se deu de forma acidental, quando a vítima e o policial entraram em vias de fato, momento em que a vítima tenta segurar a arma do policial, acabando por acionar a tecla do gatilho de forma involuntária".
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