Um policial militar e o irmão dele, que não tiveram os nomes revelados por conta da Lei de Abuso de Autoridade, foram presos nesta quarta-feira (17) suspeitos de matar o agiota Luiz Fabiano Gomes de Oliveira, de 50 anos. O crime aconteceu em agosto de 2023 na Avenida Tancredo Neves, bairro do Caminho das Árvores, em Salvador.
A dupla foi encontrada no bairro de São Caetano. “Após um exaustivo trabalho de investigação, localizamos os autores e o indicativo de motivação é relacionado à atividade agiotagem”, explicou a titular da 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico), Zaira Pimentel.
Além dos dois mandados de prisão, ainda foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão. Os dois foram encaminhados para a sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) onde serão ouvidos e posteriormente ficarão custodiados à disposição do Poder Judiciário.
Um terceiro envolvido identificado não foi localizado durante as ações desta manhã. Quem tiver informações sobre o seu paradeiro pode colaborar, ligando 181, no Disque Denúncia da Secretaria de Segurança Pública (SSP), não precisa se identificar.
CRIME E VIDA
De acordo com testemunhas, Fabiano estava ao lado de uma mulher no veículo quando ambos foram surpreendidos por um motociclista que parou ao lado e fez diversos disparos. Em seguida, o criminoso fugiu correndo. Ele teria ainda trocado a roupa que estava para não ser reconhecido.
Policiais militares da 13ª Companhia Independente (CIPM/Pituba) foram acionados. A vítima chegou a ser socorrida para o Hospital da Bahia, mas não resistiu.
Fabiano já foi denunciado uma série de vezes, nos últimos 10 anos, por agiotagem e ameaças. A maioria dos registros foi feita em Alagoinhas. Em 2022, um veículo em nome dele matou um agente da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) na Avenida Luís Viana (Paralela). Ele, no entanto, argumentou que não dirigia o veículo.
Em 2015, Luiz Fabiano foi alvo de uma megaoperação da Polícia Civil em Alagoinhas. Ele era investigado por homicídio, extorsão, ameaça e constrangimento. As apurações apontaram na época que, na maioria dos casos, os crimes foram cometidos contra devedores. Um policial militar também foi preso por envolvimento no esquema.