A Polícia Civil deu detalhes do assassinato de Brenda Santos Oliveira Mota, de 9 anos, no município de Serrinha. O crime foi cometido pelo pai dela, o policial militar Bruno de Oliveira Mota, na última segunda-feira (13). Ele cometeu suicídio em seguida. A delegada responsável pelo caso, Edileuza Suely, descartou a possibilidade de o homicídio ter sido acidental, que teria como alvo a mãe da criança. A mulher, inclusive, ouviu o disparo que matou pai e filha.
"Em nenhum momento, ficou evidenciado, na cena do crime, que houve uma intenção de atingir a companheira. No momento da ação, ela não estava na linha de frente. Só estavam o pai e a criança. Pela proximidade dos dois, não houve outros disparos, apenas o que atingiu a criança e o que atingiu o genitor. Então, não há essa terceira intenção ou possibilidade", disse a delegada, à Rádio Continental.
Vizinhos ouvidos pela reportagem do Portal do Casé descrevem Bruno como um homem violento. Ele, que estava separado da mãe da menina, era lotado no Batalhão de Guardas de Feira de Santana, mas estaria passando por tratamentos psicológicos.
"Ouvimos a genitora da criança, e ela relatou que estava em casa por volta das 12h25, quando Bruno compareceu para buscar a filha, o que era comum, e mais uma vez ele perguntou a companheira se ela já tinha pensado sobre a possibilidade de um retorno. E ela respondeu que não. Ela relata que ele disse: 'tudo bem'. Ele fechou a porta, e, na garagem para sair de casa, ela ouviu o estampido. Ao sair, se deparou com os dois caídos ao chão", reforçou Edileuza.
Os corpos de pai e filha foram encontrados na garagem do imóvel. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado, mas os dois morreram na hora. A delegada ainda sustentou que, há alguns anos, Bruno já tinha ameaçado cometer o assassinato.
"Oito anos atrás, ele tinha colocado a arma na cabeça e ameaçado contra a própria vida, e ela [mãe da menina] relata que ele já havia verbalizado que tiraria a própria vida, mas que antes disso tiraria a vida da filha porque mataria também a mãe para que a filha não ficasse sem ninguém no mundo", completou a delegada.
