Dois policiais militares investigados na "Operação Olossá" teriam extorquido a família de um traficante, com a exigência de R$ 200 mil. Foi o que detalhou, nessa quinta-feira (14), a Secretaria da Segurança Pública. Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão contra os agentes.
Um ex-PM também é alvo da investigação. Os nomes deles não foram divulgados pela SSP. Três celulares foram apreendidos nas buscas realizadas em endereços residenciais, em Salvador e Lauro de Freitas, e nas sedes do 12º Batalhão PM de Camaçari e da 58ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Cosme de Farias).
A operação foi realizada pela Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), e pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), por meio da Força Correcional Especial Integrada da SSP (Force) e da Corregedoria da Polícia Militar da Bahia.
Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara de Tóxicos da Comarca de Salvador. O material apreendido será submetido a conferência e análise pelo Gaeco e Force e, posteriormente, encaminhado aos órgãos competentes para adoção das medidas cabíveis.
O procedimento investigatório criminal iniciou após a Polícia Federal ter investigado e analisado, no ano de 2020, dados oriundos de telefones celulares, apreendidos em posse de integrantes de uma organização criminosa voltada ao tráfico internacional de drogas.
Dessa forma, a partir do compartilhamento de dados e informações entre a Polícia Federal, o Gaeco e a Force foi possível a deflagração da operação.