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Presos pelo caso Sara Mariano, Ederlan e Zadoque teceram comentários homofóbicos em podcast: "aconselho a não dar"

Data:
Jean Mendes

Ederlan, Zadoque e Gideão Lima estão presos suspeitos de matar Sara Mariano

Presos pelo caso Sara Mariano, Ederlan e Zadoque teceram comentários homofóbicos em podcast: "aconselho a não dar"
Redes sociais

Ederlan Mariano e o bispo conhecido como Zadoque, presos suspeitos de envolvimento na morte da cantora gospel Sara Mariano, teceram diversos comentários homofóbicos durante um podcast. O corte, de uma entrevista conduzida por Ederlan, viralizou nas redes sociais após a confirmação de que Zadoque havia sido preso, na quarta-feira (15). 

Não há informações sobre a data em que tudo foi gravado. "Quando o macho dá a ré ‘para trás’ [...] pegou a visão, ninguém se escandaliza. Zadoque, vou lhe fazer uma pergunta sincera: existem incubados dentro do evangelho?", questionou o então marido de Sara; "Você está perguntando de doadores de órgãos unilaterais trazeis. Não corte isso. São homens delicados e alegres", respondeu Zadoque, em tom de deboche.

"Conheço um monte [do que ele chama de incubado]. Não só comigo, mas meus bateristas sofrem. Todos ficam me pedindo [os contatos]. São líderes e reconhecidos, a maioria. São meus amigos, fora do contexto religioso. Não tenho preconceito. Converso com prostituta, 'maconheiro' e homossexual. Passou para a igreja, o assunto é outro", completou o bispo Zadoque.

Ainda na entrevista, Ederlan continua com os comentários homofóbicos. "O cara tá querendo dar o negocinho dele e tem cargos [na igreja]. Eu aconselho a não dar. Já que vai fazer, entregue seu cargo", comenta Mariano.

"O camarada sai em fotos, vídeos e comentários. As pessoas continuam colocando essas pessoas em destaque. Muitas dessas pessoas [...] não abandonam e não largam [a igreja]. As pessoas sabem do que eles fazem, mas mantêm em evidência. Hoje, vivemos em um padrão de igreja que é melhor ocultar do que chegar a um líder e confessar ao seu líder pois faz medo", sustenta Zadoque.

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PRISÃO

Ederlan, Zadoque e Gideão Lima estão presos suspeitos de matar Sara Mariano. Oficialmente, a Polícia Civil não confirma a motivação do assassinato, mas pessoas da igreja chegaram a sustentar que Ederlan poderia ter um relacionamento homossexual.

Gideão foi o último preso. O primeiro foi o próprio marido da cantora, Ederlan, que já está no presídio de Salvador. Já nesta terça-feira (14), o bispo Zadoque foi preso dentro da igreja na ilha de Gameleira em Itaparica. Ele já tinha sido apontado pelo advogado Otto Lopes, que defende Mariano, como um dos envolvidos na morte de Sara.

Os dois últimos prestaram depoimentos da 25ª Delegacia, em Dias D'Ávila. O que chama atenção é que todos os envolvidos se conheciam, se seguiam e trocavam mensagens nas redes sociais.

Sara saiu de casa na terça-feira, 24 de outubro, para a cidade de Dias D'Ávila. Ela, porém, foi encontrada já sem vida três dias depois, às margens da BA-093. O corpo da cantora estava parcialmente queimado, segundo as primeiras perícias realizadas no local da ação.

 

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