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Relatório exposto por Moraes mostra que Bolsonaro tramou golpe de estado

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Da redação

As conclusões foram tornadas públicas pelo ministro Alexandre de Moraes 

Relatório exposto por Moraes mostra que Bolsonaro tramou golpe de estado
Evaristo SA/AFP

A Polícia Federal (PF), em relatório final da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022, afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro liderou a trama golpista no final de 2022. Os policiais também apontaram que a ruptura democrática não foi concretizada por "circunstância alheias à sua vontade".

"Os elementos de prova obtidos ao longo da investigação demonstram de forma inequívoca que o então presidente da República, JAIR MESSIAS BOLSONARO, planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios realizados pela organização criminosa que objetivava a concretização de um Golpe de Estado e da Abolição do Estado Democrático de Direito, fato que não se consumou em razão de circunstâncias alheias à sua vontade", escreveu.

As conclusões da investigações, entregues na quinta-feira (21) ao Supremo Tribunal Federal (STF), foram tornadas públicas pelo ministro Alexandre de Moraes nesta terça-feira (26).

O relatório foi enviado para a Procuradoria-Geral da República (PGR) realizar a análise. O órgão é o responsável por decidir se denuncia ou não os investigados.

Na segunda-feira (25), Bolsonaro negou ter conhecimentos sobre os planos investigados pela PF para matar o presidente Lula (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e Alexandre de Moraes.

"Esquece, jamais. Dentro das quatro linhas não tem pena de morte", afirmou. Porém, o ex-presidente confessou ter planejado decretar, junto com aliados e militares, estado de sítio após a derrota na disputa eleitoral de 2022.

"Tem que estar envolvidas todas as Forças Armadas, senão não existe golpe. Ninguém vai dar golpe com general da reserva e mais meia dúzia de oficiais. É um absurdo o que estão falando", disse Bolsonaro.

 

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