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Saiba quem é o PM suspeito de matar jovem na Avenida Garibaldi

Data:
Jean Mendes

O assassinato de Gabriel, que tinha 17 anos, aconteceu perto da Avenida Anita Garibaldi, na madrugada de domingo (1)

Saiba quem é o PM suspeito de matar jovem na Avenida Garibaldi
Rafael Martins/GOVBA

Marlon da Silva Oliveira. Esse é o soldado da Polícia Militar investigado pela morte de Gabriel Santos Costa, no bairro do Alto de Ondina, em Salvador. O servidor público foi ouvido no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e já teve o pedido de prisão enviado ao Tribunal de Justiça. A informação foi dada na manhã desta terça-feira (3) pela titular da 1ª Delegacia de Homicídios, delegada Zaira Pimentel.

"Ele [Marlon] alegou legítima defesa, afirmando que ele teria sido vítima de um assalto perpetrado pelas vítimas e, por tal razão, havia efetuado os disparos. Eu não concordei com essa tese e representei, junto ao plantão judiciário, pela prisão preventiva. Entretanto, a autoridade judiciária não apreciou o pedido, informando que a matéria não seria das atribuições do plantão judiciário e declinou da atribuição", contou a delegada.

Marlon é lotado na 9ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Pirajá). No âmbito da corporação, ele já chegou a ser investigado em Processos Administrativos por agressão e lesão e troca de tiros que resultou em morte. Todos foram arquivados.

O assassinato de Gabriel, que tinha 17 anos, aconteceu perto da Avenida Anita Garibaldi, na madrugada de domingo (1). O PM responde também pela tentativa de homicídio de um jovem, de 19 anos, que está internado no Hospital Geral do Estado. O que chama a atenção é que, uma semana antes de ser morto, o adolescente tinha sido detido pela própria Polícia Militar, na Vila Matos, sob acusação de participar de “bondes” - grupos de criminosos que atacam rivais do tráfico -. 

Vídeo gravado por uma testemunha mostra o suspeito dando gritos de ordem para a dupla, já no chão. Palavras como "cala a boca" e "coloca a cara no chão" são proferidas. O PM chega a revistar Gabriel e o outro rapaz, além de agredi-los. Já no final do vídeo, pelo menos 10 disparos são ouvidos. O atirador, que estava em um carro de luxo, consegue escapar.

No DHPP, Marlon teria alegado legítima defesa. O advogado dele, Otto Lopes, não foi localizado pela reportagem do Portal do Casé para comentar o assunto. 

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