A Polícia prendeu na madrugada deste sábado (20) Rafael Marcell Dias Simões, de 42 anos, em São Vicente, no litoral paulista. Ele é o terceiro suspeito detido e o sexto identificado por participação na execução do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, morto em Praia Grande no último dia 15.
A Justiça havia decretado a prisão temporária de Simões na sexta (19). Antes dele, já tinham sido presos Dahesly Oliveira Pires, acusada de transportar um dos fuzis usados no crime, e Luiz Henrique Santos Batista, o “Fofão”, suspeito de atuar na logística da ação. Outros três investigados seguem foragidos.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, os executores seriam Flavio Henrique Ferreira de Souza e Felipe Avelino da Silva, o “Mascherano”, integrante do PCC. A polícia aponta que a ação teve planejamento tático, uso de armamento pesado e carro de fuga incendiado.
Também teve prisão decretada Luiz Antônio Rodrigues de Miranda, acusado de organizar o transporte das armas. A investigação revelou que Dahesly teria recebido pagamento via Pix, transferido de uma conta em nome do filho de 10 anos de Luiz Antônio.
O secretário da Segurança, Guilherme Derrite, afirmou que não há dúvidas sobre o envolvimento do PCC no crime. O governador Tarcísio de Freitas classificou a execução como “covarde”, enquanto o promotor Lincoln Gakiya chamou o caso de “bárbaro”.
Ruy Ferraz, de 63 anos, era considerado um dos principais inimigos da facção. Foi responsável por indiciar a cúpula do PCC em 2006, incluindo Marcola, e vivia sob ameaça desde então.