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Trabalhadora baiana será indenizada em R$ 20 mil após chefe dizer que 'mulher deve oferecer corpo por dinheiro'

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Da redação

De acordo com a funcionária, ele a chamava constantemente para sair e se dirigia ao seu posto de trabalho para fazer comentários impróprios

Trabalhadora baiana  será indenizada em R$ 20 mil após chefe dizer que 'mulher deve oferecer corpo por dinheiro'
Divulgação

Uma auxiliar administrativa de uma distribuidora de alimentos em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador, entrou com uma ação na Justiça do Trabalho pedindo indenização após ter sido foi vítima de assédio por parte de um dos sócios da empresa onde trabalhava. 

A 5ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA) confirmou a sentença e condenou a WGS Comércio de Produtos Alimentícios Ltda a pagar uma indenização de R$ 20 mil. Ainda cabe recurso.

De acordo com a funcionária, o acusado a chamava constantemente para sair e se dirigia ao seu posto de trabalho para fazer comentários impróprios.

Entre esses comentários, ele dizia que "a mulher deve oferecer seu corpo por dinheiro" ou que, quando "uma mulher estiver prestes a ser estuprada, deve relaxar e gozar". Além disso, ele passava a mão na cabeça, na cintura e nas costas das funcionárias.

De acordo com a vítima, ele perguntava sobre a existência de motéis próximos para "relaxar" e fazia "brincadeiras" homofóbicas e invasivas.

Por não corresponder às investidas do patrão, a funcionária passou a ser perseguida com punições.

Em outra situação, confirmada por testemunhas, o dono da empresa tocava os ombros e a nuca da funcionária. Em um episódio, a auxiliar comentou que havia almoçado camarão, e o sócio respondeu que "mulher que come camarão é puta".

Testemunhas também confirmaram que a trabalhadora já teria saído chorando e uma outra funcionária se escondido para evitar contato com o sócio durante sua permanência na empresa. 
 

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