Foto: divulgação
Antes de ser morta com tiros na cabeça, na Região Metropolitana de Salvador, Mãe Bernadete achou que seria vítima de um roubo. Segundo o neto da líder quilombola, Wellington Gabriel de Jesus dos Santos, que estava na casa da avó, dentro do quilombo Pitanga dos Palmares, na noite do crime, ela chegou a perguntar para os homens que invadiram o imóvel se era assalto.
Mãe Bernadete estava em casa, assistindo televisão e na companhia de três netos quando foi assassinada. Eram eles, Wellington, de 22 anos, que estava em um dos quartos da casa, e dois adolescentes de 13 e 12 anos, que estavam na sala com a avó.
Os bandidos bateram na porta do imóvel que foi aberta por um dos adolescentes. Logo em seguida os suspeitos que aparentavam ter entre 24 e 25 anos e que estavam vestidos com roupas e capa de chuva pretas além de ter capacetes de moto na cabeça pegaram o celular da líder quilombola e a mandaram desbloquear o aparelho. Eles também roubaram os celulares dos dois adolescentes que estavam na sala e exigiram que eles fossem para um dos quartos da casa.
Depois disso, um dos homens foi até o quarto onde Wellington estava e o mandou deitar no chão. Ao sair do cômodo, o homem fechou a porta. Logo em seguida aconteceram os disparos.
Quando saiu do quarto, Wellington encontrou a avó morta no chão da sala.Sem telefone, ele usou o aplicativo de mensagens que estava aberto no computador e pediu socorro para pessoas que vivem no quilombo e ligou para a polícia.
Os suspeitos chegaram e saíram do quilombo de moto e, até esta segunda-feira (21), não foram identificados, nem presos.
O caso é investigado por uma força-tarefa da Polícia Civil e também pela Polícia Federal. Nesta segunda, as corporações se reuniram para compartilhar informações.