Após a ida do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) para os Estados Unidos, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), determinou que parlamentares não poderão mais votar pelo sistema eletrônico quando estiverem fora do país. A única exceção será para quem estiver em missão oficial autorizada.
A decisão, publicada no Diário Oficial da Câmara, segue parecer da Secretaria-Geral da Mesa, que afirma não haver previsão regimental para registros de presença ou votos via aplicativo Infoleg por deputados que estejam no exterior. O documento, assinado pelo secretário-geral Lucas Ribeiro Almeida Júnior, reforça que a regra vale mesmo em casos de atestado médico.
Ramagem havia registrado voto do exterior durante a análise do PL Antifacção, o que levou a Câmara a avaliar se o voto será mantido ou anulado. O deputado foi condenado pelo STF a 16 anos de prisão por participação na trama golpista que tentou invalidar as eleições de 2022, quando dirigia a Agência Brasileira de Inteligência.