O desejo dos soteropolitanos de fazer intercâmbio de ensino médio fora do Brasil registrou enorme aumento em 2024, conforme apontam dados da agência CI Intercâmbio Salvador. A alta foi de 313% na busca por estudos tipo 'high school', referente ao curso de ensino médio no exterior, superando até mesmo patamares pré-pandemia de covid-19. Este número corresponde à busca entre abril de 2023 e abril de 2024.
No mês passado, a CI realizou a feira anual CI Experience, em Salvador, que contou com a presença de centenas de visitantes.
O Canadá tem sido o país preferido do público de Salvador, desbancando ano a ano os EUA, que já foi o queridinho. Apesar disso, a potência norte-americana ainda aparece entre os três países mais procuradas, com a Inglaterra na cola. Outras nações entre as que oferecem a modalidade high school são França, Espanha, Austrália e Alemanha.
De acordo com Hiury Leonel, diretor executivo da CI Intercâmbio Salvador, a experiência high school proporciona um mundo totalmente novo aos jovens estudantes, apresentando a eles uma nova cultura, novas metodologias de conhecimento de acordo com o país escolhido, além de exercitar a autonomia e o desenvolvimento pessoal, abrindo também possibilidades maiores de aceitação em universidades estrangeiras no futuro.
Arthur Braga, de 16 anos, está em intercâmbio de Ensino Médio no Canadá, na cidade de Abbotsford, localizada no oeste do país. O processo foi feito através da CI Salvador, após a indicação de um amigo, e o jovem diz que não poderia estar mais contente com o que está vivendo.
“Foi facilmente uma das melhores escolhas da minha vida, conheci pessoas incríveis, tenho aula com os melhores professores da escola, e os horários de aula não te deixam com aquela exaustão”, conta.
Para Arthur, o horário escolar diferente, que se inicia às 8h10 e termina às 14h25 do horário local, é uma das coisas mais positivas de se estudar no Canadá, pois é menos cansativo do que a realidade brasileira, na opinião dele.
Outras distinções destacadas pelo jovem em relação ao Brasil é que lá o estudante tem mais autonomia nas atividades que escolhe realizar, além da possibilidade de refazer as provas que porventura tenha ido mal.