O Conselho de Ética da Câmara instaurou nesta terça-feira (23) um processo contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por quebra de decoro parlamentar. A ação foi apresentada pela bancada do PT, que pede a cassação do mandato.
Eduardo, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, já responde a outras três representações no colegiado que ainda não foram pautadas. A denúncia questiona sua atuação nos Estados Unidos, onde vive desde fevereiro.
Para relatar o caso, foram sorteados os deputados Paulo Lemos (PSOL-AP), Delegado Marcelo Freitas (União-MG) e Duda Salabert (PDT-MG). O presidente do Conselho, Fabio Schiochet (União-SC), definirá o relator a partir da lista.
Na mesma sessão, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), barrou a tentativa da oposição de indicar Eduardo como líder da minoria, estratégia que poderia justificar sua ausência no plenário. O parlamentar está sem licença formal desde o fim do prazo do afastamento concedido.
A PGR denunciou Eduardo na segunda-feira (22) por coação no curso do processo, alegando que ele tentou intervir em ações judiciais para favorecer Jair Bolsonaro e o blogueiro Paulo Figueiredo.
Na representação, o PT acusa o deputado de difamar instituições brasileiras e de atuar para influenciar autoridades americanas a impor sanções contra ministros do STF, membros da PGR e da Polícia Federal, em resposta às investigações que envolvem seu pai e aliados.