O Brasil registra progressos importantes na redução das desigualdades raciais, especialmente em educação e reconhecimento identitário. Pela primeira vez, estudantes negros, pretos e pardos, são maioria nas universidades públicas, com 50,3% das matrículas, segundo o IBGE, reflexo direto da Lei de Cotas em vigor desde 2012.
O Censo 2022 reforça essa tendência: o número de pessoas que se declaram pardas superou o de brancas pela primeira vez desde 1991, e a população negra passou a representar 55,5% dos brasileiros.
O mercado de trabalho também apresenta sinais de melhora, com aumento da presença de mulheres negras em cargos de chefia e queda na taxa de desocupação, que já foi de 20,8% em 2021. No campo legal, políticas como o Estatuto da Igualdade Racial, as cotas no ensino superior e no serviço público e o ensino obrigatório da história e cultura afro-brasileira consolidaram avanços estruturais.
A cultura negra segue como um dos pilares da identidade nacional, com forte influência na música, dança, culinária e manifestações tradicionais. O reconhecimento desse legado cresce ano a ano.
Apesar dos avanços, persistem desafios significativos, como a desigualdade salarial e a baixa presença de pessoas negras em postos de liderança. Especialistas defendem o fortalecimento das políticas públicas para garantir a continuidade desses progressos.