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Ministério do Trabalho inclui 248 empregadores na lista suja do trabalho escravo

Data:
Da redação

Essa é a maior atualização desde a criação do instrumento

Ministério do Trabalho inclui 248 empregadores na lista suja do trabalho escravo
Reprodução/Roberto Schmidt/AFP

O MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) incluiu 248 pessoas físicas e jurídicas na lista suja do trabalho escravo no país. Essa é a maior atualização desde a criação do instrumento. O levantamento foi divulgado nesta sexta-feira (5).

O recorde anterior foi registrado em outubro de 2023, quando 204 novos empregadores passaram a constar da listagem. Com isso, a lista tem agora 654 pessoas físicas e empresas. Juntas, elas empregavam 5.205 pessoas em condições análogas à escravidão.

Só a inclusão divulgada nesta sexta trouxe casos envolvendo 2.025 pessoas. Entre eles estão os 210 funcionários resgatados em vinícolas na serra gaúcha.

A maior causa de inclusão de empregadores na lista está na imposição de condições análogas a escravidão a trabalhadores domésticos. São 75 casos na lista, sendo 42 incluídos nesta sexta-feira.

A atividade está em primeiro lugar porque o agronegócio é dividido em diversos CNAEs (Classificação Nacional de Atividades Econômicas), critério utilizado na lista suja para a separações por setores. O agro ocupa as posições seguintes no ranking até a quarta colocação.

A inclusão de um empregador na lista só ocorre depois da conclusão do processo administrativo julgando o caso. Após ser incluído no cadastro, o nome de cada empregador permanece publicado pelo período de dois anos.

Quando o MTE encontra trabalhadores em condição análoga à de escravizados, ele lavra um auto de infração para cada irregularidade trabalhista encontrada.

Cada auto de infração gera um processo administrativo no qual é garantido o direito ao contraditório e à ampla defesa em duas instâncias administrativas.

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, estuda dividir a lista em duas. A ideia é ter uma lista mais transitória, com situações menos graves, e outra de empregadores "que têm no seu DNA uma visão exploratória", explicou o ministro.


 

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