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Pálio e Anel do Pescador: Entenda a simbologia dos elementos recebidos pelo novo Papa

Data:
Antonio Dilson Neto

Leão XIV presidiu a primeira missa no Vaticano e iniciou oficialmente o Pontificado neste domingo (18)

Pálio e Anel do Pescador: Entenda a simbologia dos elementos recebidos pelo novo Papa
Vatican Media

Na missa solene que marcou o início de seu pontificado, realizada neste domingo (18) na Praça São Pedro, o papa Leão XIV recebeu os dois principais símbolos de autoridade episcopal: o Pálio e o Anel do Pescador. Ambos representam, segundo a tradição católica, o compromisso do novo pontífice com a missão de guiar a Igreja.

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A entrega das insígnias, chamadas “petrinas”, ocorreu em um dos momentos mais simbólicos da cerimônia, diante de cerca de 200 mil fiéis, autoridades religiosas e civis. O cardeal filipino Luis Antonio Tagle foi o responsável por entregar o Anel do Pescador a Leão XIV, enquanto outros dois cardeais conduziram os ritos litúrgicos relacionados ao Pálio.

O Pálio

O Pálio é uma faixa estreita de lã branca, adornada com seis cruzes pretas e três alfinetes que simbolizam os cravos da cruz. Colocada sobre os ombros do papa, a vestimenta remete à imagem de Cristo como o Bom Pastor, que carrega a ovelha perdida.

Produzido com a lã de cordeiros abençoados, o Pálio expressa também a missão do pontífice como guia espiritual e sinal da unidade da Igreja. A peça é usada por arcebispos metropolitanos e pelo papa em celebrações litúrgicas especiais.

Segundo o Vaticano, o Pálio é uma das insígnias “mais evocativas” do ministério petrino, por remeter tanto à compaixão pastoral quanto ao sacrifício de Cristo.

O Anel do Pescador

Já o Anel do Pescador, fundido especialmente para cada novo papa, traz gravada a imagem de São Pedro em um barco lançando as redes — alusão direta à passagem bíblica em que o apóstolo realiza uma pesca milagrosa ao seguir a orientação de Jesus.

No interior do Anel do Pescador está inscrito “Leão XIV” e, na parte externa, a imagem de São Pedro com as chaves e a rede.

A joia representa o poder do papa de transmitir a fé e autenticar documentos oficiais da Santa Sé. Durante séculos, o anel foi utilizado para selar cartas e decretos papais. Ao fim de cada pontificado, a tradição manda que o anel seja cerimonialmente destruído.

O uso cotidiano da peça, no entanto, varia. O papa Francisco, por exemplo, optou por usar seu anel episcopal no dia a dia, reservando o Anel do Pescador apenas para atos solenes. Já Leão XIV ainda não confirmou se seguirá ou não a mesma prática.

 

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