A interdição repentina da Ceasa do Ogunjá, em Salvador, deixou trabalhadores indignados e preocupados com os prejuízos financeiros que podem sofrer. Localizado no Engenho Velho de Brotas, o espaço foi fechado por risco de desabamento, segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia (SDE).
No entanto, permissionários alegam que foram pegos de surpresa e cobram soluções urgentes.
“Eu vendo aqui toda semana, já tenho minha demanda, investi em cima disso. Ontem fui pego de surpresa no final da tarde com a notícia de que o mercado estava condenado e não ia abrir hoje. Foi um balde de água fria”, desabafa seu Luiz Ribeiro, permissionário do local.
Luiz afirma ter investido mais de R$ 20 mil em mercadorias que agora estão presas dentro do mercado, sem previsão de acesso.
“A situação é essa: loja abastecida, estoque em alta, impostos e encargos pra pagar, e agora a gente aqui do lado de fora, sem poder trabalhar”, conclui o trabalhador.
Outra permissionária, que participou da reunião com a SDE, relata incertezas. “Eles adiantaram a reunião que seria na quinta para terça-feira, disseram que até lá trariam propostas concretas. Pediram pra gente registrar tudo, mas até lá, as mercadorias vão apodrecer. E nós? Vamos ficar parados? Honrando os compromissos como?”, questiona.
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Uma nova reunião entre autoridades e trabalhadores está marcada para o dia 3 de junho. Até lá, os comerciantes vivem a insegurança de não saber o que fazer com os produtos estocados e as contas se acumulando.
Em nota divulgada à imprensa SDE alegou interdição visa o bem estar daqueles que transitam pelo local. "Diante das informações sinalizadas pelo órgão, fez-se necessária a interdição imediata do local, a fim de evitar riscos a quem transita pelo mercado".