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Suprema Corte dos EUA indica que rejeitará proposta de restringir acesso à pílula abortiva

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Da redação

Caso chegou à mais alta corte do país após o governo ter recorrido contra proibição adotada por um juiz contra o medicamento, aprovado há mais de duas décadas pela FDA

Suprema Corte dos EUA indica que rejeitará proposta de restringir acesso à pílula abortiva
Reprodução/Andrew Angerer/AFP

A Suprema Corte dos Estados Unidos, de maioria conservadora, indicou nesta terça-feira (26) que está inclinada a não permitir a continuidade de restrições impostas por um tribunal inferior a uma pílula abortiva amplamente utilizada no país, a mifepristona, questionando se um grupo de médicos e organizações antiaborto tinham o direito de contestar a aprovação do medicamento pela FDA, agência reguladora nacional.

Este é o primeiro caso significativo de aborto a chegar à mais alta instância judicial do país desde que os juízes derrubaram o direito constitucional ao procedimento há quase dois anos, no caso da Roe vs. Wade. 

Os juízes começaram a avaliar o caso nesta terça-feira após o governo americano ter recorrido à corte contra a medida de um juiz federal conservador do estado do Texas, Matthew Kacsmaryk, que decidiu reverter a liberação da pílula em abril do ano passado.

Posteriormente, um tribunal de recursos anulou a proibição total, mas impôs restrições ao acesso ao medicamento, reduzindo de dez para sete semanas de gravidez o período em que ele poderia ser usado. Também impediu sua entrega pelo correio e exigiu que a pílula fosse prescrita e administrada por um médico.

Na audiência realizada mais cedo nesta terça-feira, os nove juízes — seis conservadores e três progressistas — ouviram as sustentações das advogadas Elizabeth Prelogar, Jessica Ellsworth e Erin Hawley, que representam, respectivamente, o Departamento de Justiça, a Danco Laboratories (responsável pela fabricação do medicamento abortivo) e os grupos antiaborto.

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