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Sidônio Palmeira está fora do empreendimento na Vitória

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Da redação

O publicitário diz que seria contraditório da parte dele se incorporar a um projeto que pretende apropriar uma área de preservação ambiental

Sidônio Palmeira está fora do empreendimento na Vitória
Divulgação

O imbróglio da construção de um novo prédio no Corredor da Vitória, em Salvador, continua repercutindo. O publicitário Sidônio Palmeira confirmou a amigos que, há dias, decidiu por não participar do projeto, formado por uma parceria entre a OR - braço imobiliário da Novonor (antiga Odebrecht) - e um grupo de empresários da Bahia.

O publicitário diz, segundo apurado pelo Portal do Casé, que seria contraditório da parte dele se incorporar a um projeto que pretende apropriar uma área de preservação ambiental desafetada, indo de encontro ao pensamento dele que, como cidadão, defende a preservação do meio ambiente. Sidônio continua fazendo parte do grupo de empresários em outros projetos.

O consórcio pretende construir um espigão de 50 andares, vizinho ao edifício Mansão Carlos Costa Pinto, um dos imóveis mais caros do Norte e Nordeste, onde cada apartamento tem uma piscina na varanda e é avaliado em R$ 25 milhões.

Caso o novo espigão seja erguido, a expectativa é de que, além de sombrear as varandas vizinhas, o preço do apartamento do Costa Pinto corre o risco de ser desvalorizado. Mas o imbróglio vai muito além disso.

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Para o projeto do consórcio ser rentável, é necessário aumentar o tamanho do terreno para permitir que o novo prédio possa ter os 50 andares previstos pelo consórcio. E é aí que está o problema. O aumento do terreno se estende por uma área de 7 mil metros quadrados na encosta da Vitória, que é de proteção ambiental e foi desafetada recentemente pela Prefeitura.

A área seria leiloada na última terça-feira com lances a partir de R$10,9 milhões, mas o leilão foi suspenso por uma liminar da justiça federal. A decisão foi concedida por causa de uma ação civil pública ajuizada pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo da Bahia.

Entre os pontos mais críticos que inviabilizam a venda do terreno estão, segundo o Conselho, as questões ambiental e urbanística e a não demonstração do interesse público de forma devida.

O procurador Jurídico do Conselho, Fernando Valadares, diz que "o Conselho não é contra o desenvolvimento urbano e da sociedade. Contudo, é preciso que as entidades envolvidas discutam a sustentabilidade,o equilíbrio e a forma adequada da operação".

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