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Acarajeburguer de Aracaju gera polêmica e revolta entre baianos

Data:
Driele Veiga

A Secretaria de Cultura da Bahia ainda não se manifestou sobre o assunto.

Acarajeburguer de Aracaju gera polêmica e revolta entre baianos
Rede Social

Uma inovação gastronômica em Aracaju, Sergipe, está causando controvérsia entre os amantes da culinária tradicional baiana. O "Acarajeburguer", uma versão moderna do bolinho de acarajé, patrimônio cultural imaterial pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), está gerando revolta nas redes sociais.

A iguaria, criada por um restaurante sergipano, substitui a tradicional massa de feijão-fradinho por uma hamburguer de acarajé, recheada com ingredientes como queijo, bacon e molho especial. A ideia é inovadora, mas desafiou a tradição e a identidade cultural baiana.

A polêmica gerou debates acalorados nas redes sociais, com muitos defendendo a preservação da tradição e outros argumentando que a inovação é necessária para atrair novos consumidores.

"Eu entrego vocês a Yansã", esbravejou uma internauta. "Isso não é acarajé...é bolinho de feijão burguer. Acarajé é comida tradicional e o seu modo de fazer , recebeu o título de patrimônio imaterial. Respeitar a história, a ancestralidade, a cultura do acarajé não é para todos", disse outra.

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A Secretaria de Cultura da Bahia ainda não se manifestou sobre o assunto.

POLÊMICAS

O bolinho já foi motivo de polêmica antes, quando o uma lei sancionada no Rio de Janeiro pelo governador Cláudio Castro (PL) instituiu o acarajé como patrimônio cultural do estado. Em resposta, um Projeto de Lei na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) também quis instituir o acarajé como patrimônio cultural do estado.

A proposta foi do deputado estadual Antônio Henrique Júnior (PP), que justificou que o acarajé é um prato típico da culinária baiana, embora tenha origem africana. Segundo ele, o bolinho é culturalmente do povo baiano.

Mas, desde 2012, o ofício das baianas de acarajé se tornou patrimônio cultural imaterial pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC) e isso significa que o acarajé não ficou de fora desse tombamento.

Em nota, o IPAC tratou de jogar vatapá no burburinho.

 "É uma inverdade dizer que o acarajé não tem proteção patrimonial na Bahia. Não se aliena o acarajé da baiana de acarajé. Não é uma prática legal da política patrimonial alienar o objetoprotegido de quem o faz, de quem o inventa e o exerce. Não existe outra forma de salvaguardar o akará qu não seja a baiana de acarajé".

 O acarajé é, sim, do baiano e está sim protegido pelo Decreto Estadual 14.191/2012.

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