O Banco Central decidiu adiar o lançamento do Pix parcelado, previsto para setembro, para priorizar medidas de segurança no sistema financeiro. A decisão ocorre após desvios milionários e investigações que ligam instituições financeiras ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
Sob comando de Gabriel Galípolo, a autarquia já anunciou restrições, como o limite de R$ 15 mil em transferências via Pix ou TED por instituições de pagamento sem licença e a obrigação de recusar operações com indícios de fraude.
Ainda neste semestre, o BC deve apresentar novas regras para coibir contas laranja, contas-bolsão e movimentações com criptoativos. Também estão previstas mudanças no regulamento do Pix, com punições mais severas em casos de descumprimento das normas de segurança.
Antes do adiamento, o regulamento do Pix parcelado seria publicado em setembro, junto aos manuais do produto, com período de adaptação até março de 2026. Agora, a previsão é que o regulamento saia em outubro e o manual de experiência do usuário apenas em dezembro.
O Pix parcelado funcionará como um crédito para o pagador, permitindo parcelar qualquer transação. O recebedor receberá o valor integral de forma imediata, enquanto o pagador quitará em prestações, com acréscimo.
Segundo Galípolo, a modalidade poderá beneficiar cerca de 60 milhões de brasileiros sem cartão de crédito, oferecendo condições mais competitivas e taxas possivelmente menores que as do crédito tradicional.