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BNDES libera R$ 10 bi em crédito extra para empresas afetadas por tarifas dos EUA

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Da redação

Com a nova linha, o banco passa a operar um total de R$ 40 bilhões em financiamento

BNDES libera R$ 10 bi em crédito extra para empresas afetadas por tarifas dos EUA
Agência Brasil

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, anunciou nesta sexta-feira (22) a liberação de mais R$ 10 bilhões em crédito para empresas brasileiras impactadas, direta ou indiretamente, pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos desde o início do ano.

Com a nova linha, o banco passa a operar um total de R$ 40 bilhões em financiamentos, distribuídos entre operações diretas e indiretas com garantia. O objetivo é apoiar companhias que sofreram queda de faturamento, mesmo sem estarem sujeitas à tarifa máxima de 50%.

As novas condições permitem adesão de empresas de todos os portes, incluindo aquelas já atendidas pelo Fundo de Garantia à Exportação (FGE). Os recursos poderão ser usados para despesas operacionais e para a busca de novos mercados.

Segundo Mercadante, a captação via LCD, que conta com incentivo fiscal e taxa inferior à Selic, será direcionada integralmente ao programa. “É um pacote importante, com linhas incentivadas e prazos mais dilatados para reduzir o impacto das tarifas”, disse.

As linhas anunciadas terão condições diferenciadas. O Giro Emergencial Complementar prevê juros de 1,15% ao mês (LCD) mais spread bancário e prazo de até cinco anos, com carência de 12 meses. Já o Giro Diversificação Complementar terá taxa de 0,29% ao mês (FAT Cambial) somada à variação do dólar e spread, com prazo de até sete anos, também com carência de um ano.

A linha em dólar será exclusiva para exportadores. “Essas empresas têm receita na mesma moeda, o que elimina o risco cambial e torna a operação mais segura”, explicou o presidente do BNDES.

Mercadante ainda destacou o papel dos fundos garantidores no apoio às micro, pequenas e médias empresas. “Nossa capacidade de alavancagem chega a dez vezes dentro do sistema bancário, o que dá segurança para ampliar os empréstimos via bancos parceiros”, afirmou.

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